segunda-feira, 17 de maio de 2010

SALESIANIDADE

MISSÃO E FAMÍLIA SALESIANA

Pe. Antenor de Andrade Silva, sdb.

1. Missão em geral e na Família salesiana.
2. A missão salesiana na Igreja.
3. A atividade missionária da Família Salesiana na Igreja.
4. A Família Salesiana e sua dimensão missionária.
5. Missão ad gentes e Vida consagrada.

1. Missão:
a) em geral.
b) na F. Salesiana.

a). O verbete missão em Aurélio, entre outras acepções, significa encargo, incumbência, envio, dever a cumprir.
Missionário era aquele que propagava a fé, que instruía em matéria religiosa. O Grande missionário de todos os tempos foi o Filho de Deus que recebeu o encargo do Pai de trazer à humanidade a doutrina da Boa Nova do Evangelho. Aparecendo aos Onze, após a ressurreição, o Senhor ordenava-lhes: ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura (Mc. 16,15). E em Mateus: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide pois e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 19 s). Em outro lugar dirá, passando sua missão aos discípulos: assim como o Pai me enviou, eu também vos envio a vós.
No decorrer do século XX o termo latino missio (missão) teve uso muito freqüente em amplos setores da teologia cristã.
b). Na época de D. Bosco e até não muito longe de nós, a palavra missão ou missões mesmo entre os Salesianos, significava a obra evangelizadora dos povos que ainda não conheciam o Evangelho, missão entre os pagãos, missão no meio daqueles que ainda não faziam parte da Igreja Católica.
Roma enviava seus missionários para os paises e Continentes, a fim de evangelizarem os gentios ou os pobres selvagens. Assim eram chamados pelos europeus os habitantes da América.
Os SDB realizaram seu Capitulo Geral Especial em 1971-1972, época em que fizeram a reforma das Constituições. Até então falava-se simplesmente de missões estrangeiras.
Eis senão quando as coisas tomam outro aspecto. O entendimento oficial dos SDB e das FMA a respeito de missão passa a ser considerado de um modo bem mais diferenciado, repensado e re-elaborado, segundo as exigências do Vat. II (1962-1965):

«A missão dá a toda a nossa existência o seu tom concreto, especifica a tarefa que temos na Igreja e determina o lugar que ocupamos entre as famílias religiosas» .

As Constituições renovadas das Filhas de Maria Auxiliadora no Art. 1º afirmam que o Instituto: «participa na Igreja da missão salvífica de Cristo, realizando o projeto de educação cristã próprio do Sistema Preventivo».
O Vat. II usa constantemente as palavras: missão da Igreja. Na Gaudium et Spes: «a Igreja em virtude de sua missão divina prega o Evangelho e concede os tesouros da graça a todos os povos» .
A missão de anunciar o Reino de Cristo, confiada aos Apóstolos, foi também confiada a cada batizado. Este mandato está cima de todo particularismo, de qualquer raça ou nação. Trata-se de algo espiritual, apolítico, superando qualquer perspectiva econômica ou social.
Os documentos: Lumen Gentium (Constituição dogmática sobre a Igreja), Gaudium et Spes (Constituição pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje), Apostolicam Auctuositatem (Decreto sobre o apostolado dos leigos), Ad Gentes (Decreto sobre a atividade missionária da Igreja), Presbyterorum Ordinis (sobre o ministério e vida dos presbíteros) insistem em apresentar a missão recebida pela Igreja e pelos cristãos como algo de natureza religiosa e humana. Por um lado busca a salvação integral do homem, tanto em termos espirituais como temporais. Por outro, se interessa pela construção de um mundo melhor baseado na verdade e na justiça .
A Missão e as missões da Família Salesiana seguem naturalmente a orientação descrita no Vat. II.

2. A Missão salesiana na Igreja.

O Capítulo Geral Especial dos SDB (Roma, 1971) quando resolveu introduzir o termo missão, como parte da descrição da «identidade» salesiana procurou cuidadosamente justificar seu uso . Após explicar, em cinco números, sua intenção definiu de um modo geral a missão salesiana.

«Falar da “missão dos Salesianos” significa então evidenciar desde o início o sentido da própria vocação e da própria presença na Igreja. Deus os “chama” e os “envia” para prestar um serviço específico na Igreja: cooperar diretamente com a salvação integral dos jovens, sobretudo pobres» .

No mesmo texto o Capítulo tece algumas considerações no sentido de que a nossa missão não se destina apenas aos jovens, mas também aos adultos.
Não é fácil estabelecer de modo exato o objeto e o conteúdo da missão salesiana, observa Pe. Francis Desramaut. Para as Constituições renovadas certas orientações de D. Bosco, afirma o pesquisador francês, impedem delinear os confins bem definidos da missão salesiana, quer se trate dos destinatários, que se trate de seus métodos.
Não se discute sobre os destinatários primordiais que são os jovens especialmente os mais pobres. O espírito é o mesmo apresentado por D. Bosco no seu opúsculo, escrito em 1877, sobre o Sistema Preventivo na educação da juventude.
A única missão que existe é a da Igreja, por conseguinte a missão da F. Salesiana deve ser a mesma da Igreja.

«Formamos um só corpo com um só fim e com a mesma missão. Deus nos chama na Igreja, através da Igreja, com a Igreja para salvar a humanidade. Participamos então da única missão da Igreja. Na Igreja há uma só missão e muitos ministérios, muitas vocações; daí uma só missão com funções especializadas» .

As funções de cada grupo da Família salesiana emergem da missão particular de cada uma dessas entidades. Encontram-se descritas nas Constituições renovadas dos SDB; das FMA; das Voluntárias de D. Bosco e no Regulamento de Vida Apostólica dos Salesianos Cooperadores.
No excelente trabalho do Pe. F. Desramaut encontramos alguns artigos basilares sobre a «missão».
• SDB – Nas Constituições de 1984: «os Salesianos formamos uma comunidade de batizados que, dóceis à voz do Espírito intentam realizar numa forma específica de vida religiosa o projeto apostólico do fundador: ser na Igreja sinais e portadores do amor de Deus aos jovens, especialmente aos mais pobres. No cumprimento desta missão, encontramos o caminho da nossa santificação» .
• FMA – Um dos assuntos desenvolvidos pelo Capítulo Geral XVII das FMA (1982) tem como título: «Enviadas para as jovens no Espírito do “Da mihi animas”» .
Notar a palavra enviadas, ou seja, aquelas que receberam uma missão.

A nossa missão

«nasce da iniciativa do Pai que nos chama a participar, na Igreja, - como comunidade apostólica salesiana – do ministério profético, sacerdotal e real de Cristo, com o testemunho, o anúncio da Palavra e a celebração da salvação. Supõe o dom da “predileção” pelas jovens e nos empenha a sermos para elas, na escola de Maria, sinal e mediação da caridade de Cristo Bom Pastor, através de projeto cristão de educação integral no estilo do Sistema Preventivo» .

• VOLUNTÁRIAS - «As Voluntárias são cristãs que, chamadas a seguir a Cristo mais de perto, procuram viver em profunda harmonia consagração, secularidade e salesianidade» , desenvolvendo sua missão na Igreja e no mundo.
• SS CC – D. Bosco os convidou para «cooperar na sua missão de salvação dos jovens, sobretudo os pobres e abandonados» .

«Colaboram ativamente na sua missão em nome da Igreja, unidos à Congregação Salesiana, sob a autoridade do Reitor-Mor, como Sucessor de D. Bosco, em espírito de fidelidade aos Pastores e em colaboração com as outras forças eclesiais .

• ADMA – Na F. Salesiana os associados da procuram «sublinhar e difundir a devoção popular mariana, como instrumento de evangelização e de promoção das classes sociais menos favorecidas e da juventude carente» .
• EX ALUNOS – Fazem parte da F. Salesiana pela formação recebida nas Obras salesianas. Gozam de inúmeras possibilidades de viverem no século o «bom cristão e o honesto cidadão». Podem ser grandes apóstolos na formação de «um mundo novo».
Os dois primeiros artigos do Capítulo I do Regulamento Reformado dos Ex-alunos/as de D. Bosco tratam da identidade e missão da Associação. O Regulamento atual, foi ratificado em 12 de abril de 2008 pela Junta Confederativa dos Ex-alunos/as Mundiais de D. Bosco.

• Identidade – O artigo 1º descreve muito claramente a posição dos antigos alunos/as quanto à identidade de ambos na missão conjunta com a Família Salesiana.

«Ex-alunos e Ex-alunas de D. Bosco são aqueles que, por terem freqüentado um Oratório, uma Escola ou qualquer outra obra salesiana, receberam uma preparação para a vida segundo os princípios do Sistema Preventivo de D. Bosco. A educação recebida que conserva os vínculos de filiação e gratidão a D. Bosco que leva o Ex-aluno a participar da missão salesiana no mundo, manifesta-se assumindo, segundo as próprias possibilidades e sua situação específica de leigos, responsabilidade de efetiva colaboração para realizar as finalidades próprias do projeto educativo salesiano»( Regulamento. Art. 1º ).

O segundo indica a posição e atuação deste grupo que ocupou os pátios das Obras de D. Bosco.
• Missão – Estes colaboradores da missão salesiana formam um exército numeroso que pode atuar com conhecimento um Sistema que viveram durante os tempos de internos ou externos nos Colégios da Congregação.

«O Ex-aluno/a conserva e aprofunda os princípios educativos recebidos, para traduzi-los em autênticos empenhos de vida mediante a caridade fraterna e a mútua assistência. Para tal finalidade o Ex-alunos/a, pessoalmente ou em grupo, faz própria a Carta de Comunhão e a Carta da Missão da F. Salesiana, considerando fundamental a complementaridade com os diversos ramos da F. Salesiana para conseguir os seus objetivos. Além disso, eles/as empenham-se seriamente em:
a) Renovar propósitos e dar testemunho da vida cristã permanecendo fiel ao espírito de D. Bosco;
b) Participar com uma presença concreta, às finalidades evangelizadoras da Igreja;
c) Enfrentar os problemas das realidades temporais, colocando à disposição os valores humanos e cristãos do quais, como leigos/as, têm direta experiência no âmbito familiar, profissional e social;
d) Estimular e valorizar o espírito ecumênico entre os cristãos;
e) Solicitar das outras religiões a abertura ao diálogo».(Regulamento. Art. 2º ).
.
Carta de Comunhão.
Este documento de 1995, quando fala da sobre a Missão juvenil e popular da F. Salesiana tem uma afirmação muito sucinta e clara:

«Os discípulos de D. Bosco fazem experiência de Deus, através daqueles aos quais são enviados: os jovens e as classes populares» .

3. A atividade missionária da F. Salesiana na Igreja.

Dom Bosco tinha sessenta anos, em 1875, quando enviou seus primeiros missionários para fora da Itália.
O objetivo era divulgar o Evangelho a quem não o conhecia. Introduzir os pagãos na Igreja Católica única arca de salvação, na mentalidade do tempo. A missão de seus missionários era evangelizadora, mas tinha também o aspecto civilizador. Ensinava-se que missão era ao mesmo tempo «trabalho de humanização e de propagação da fé». Camões em Os Lusíadas cantará as memórias gloriosas «daqueles Reis que foram dilatando a Fé e o Império». As naves descobridoras levavam em seus bojos guerreiros e missionários: conquistadores de Continentes e de almas.
Em uma Carta aos Cooperadores D. Bosco escrevia que a atividade missionária era livrar os selvagens da barbárie secular.
A América do Sul, a Ásia e a África foram invadidas pelos missionários e missionárias salesianos. Homens e mulheres de heróicas virtudes espirituais e humanas dedicaram suas vidas ao da mihi animas coetera tolle. Muitos ou quase todos, após deixarem suas famílias e suas terras, nunca mais voltaram para revê-las. Outros e outras foram martirizados deixando seus sangues e seus ossos em terras estrangeiras e hostis. As biografias destes santos e santas nos mostram que antes da Primeira Grande Guerra Mundial cento e cinqüenta e cinco missionários salesianos e cento e cinqüenta e uma missionária salesianas partiram de seus paises para as missões estrangeiras .
O santo de Valdocco não se contentou em salvar almas apenas no Piemonte ou no Continente Europeu. Seus apóstolos em poucos anos transportam-se para o Novo Mundo. O grito ecumênico do profeta Galileu “ide por todo o orbe”, ressoava constantemente em seus ouvidos e o “da mihi animas” envolvia todos os filhos de Deus. Na América, além das preocupações com os jovens, “selvagens” e órfãos, D. Bosco recomendava aos missionários o cuidado para com os imigrantes italianos e seus filhos A febre amarela, a varíola e outros males dizimavam muitas famílias, deixando inúmeros órfãos.
No Brasil, uma outra tarefa dos missionários piemonteses era a preocupação pelos “ingênuos”, ou seja os filhos libertos de escravos após a promulgação da Lei do Ventre Livre .
O jovem João Bosco no Seminário de Chieri já pensava em ser missionário. Seus sonhos incentivavam-no e orientavam-no naquele sentido e na escolha do local para onde enviaria os Salesianos. Não fosse a oposição de seu amigo Cafasso e teria também partido para alguma região de missão, logo após a ordenação sacerdotal.
A segunda Congregação missionária da Igreja, em termos de religiosos enviados às terras de missões, em poucos anos atravessa os Oceanos e ocupa os desertos gelados da Patagônia e da Terra do Fogo. Diversos foram os salesianos massacrados em todos os Continentes pelos ódios tribais contra os brancos ou estrangeiros. Sofrimentos, enfermidades, saudades da terra e da família distantes eram companheiros de todas as horas.
Aos 14 de dezembro de 1875, o primeiro grupo de missionários salesianos saídos da Itália, tendo à frente o Pe. João Cagliero, chega ao porto de Buenos Aires na Argentina. O capítulo XVI e XVII de “Annali”, nos dizem como os Salesianos foram recebidos, falam sobre o bem que faziam, sobre a fama que gozavam nas repúblicas americanas e as dificuldades por que D. Bosco passava para custear as expedições missionárias.
Em 11 de Novembro de 1876, parte o segundo grupo ainda para a América. Os que se destinavam a Argentina embarcaram em Gênova, tendo à frente o Pe. Bodrato. Aqueles destinados a Montevidéu, entre eles o Pe. L. Lasagna, tomaram o navio na cidade francesa de Bordeaux. As passagens foram pagas pelo governo uruguaio.
A terceira expedição realizou-se em novembro de 1877. Dela fizeram parte o Pe. Costamagna e o Pe. Vespignani. Até dezembro de 1887 seguiram-se sete outras levas de SDB e FMA, com destino ao Continente Sul Americano.

• Vaticano II.
Na segunda metade do Século XX, o VAT. II trouxe à palavra missão um novo entendimento não só teológico, como também antropológico. Diversos documentos conciliares nos falam que o Espírito de Deus sempre atuou no mundo e continua a fazê-lo. O Verbo jamais abandonou suas criaturas humanas.
Naquele Conclave afirma-se ainda que as culturas devem ser respeitadas e que a evangelização deve olhar para cada uma em particular. A missão que é ambivalente, não se ocupa tão somente da ordem espiritual. Sua atividade engloba os aspectos da paz, da justiça social, da distribuição dos bens, da melhoria da vida no planeta. Há muitas maneiras de se construir o Reino de Deus, muitos modos de se fazer missão .
Os missionários, salesianos ou não, continuam mesmo após o Vat. II com sua missão evangelizadora. O que passou a ser diferente foram os métodos, as etapas evangelizadoras. Em Fevereiro de 1991, D. Eugenio Viganó escrevia aos Salesianos: « O missionário é convidado a renovar-se sem se desviar».

4. A F. Salesiana e sua « dimensão missionária».

Já se afirmou que toda a F. Salesiana tem uma alma missionária.
Os SDB e FMA têm sua dimensão missionária exaradas nas suas Constituições renovadas, seguindo as orientações do Vat. II.
Referindo-se os povos não evangelizados os SDB dizem o seguinte:

«Os povos ainda não-evangelizados foram objeto especial dos cuidados e do ardor apostólico de D. Bosco. Eles continuam a solicitar e a manter vivo o nosso zelo; reconhecemos no trabalho missionário um traço essencial da nossa Congregação.
Com a ação missionária realizamos um trabalho de paciente evangelização e fundação da Igreja num grupo humano. Esse trabalho mobiliza todos os compromissos educativos e pastorais próprios do nosso carisma.
A exemplo do Filho de Deus que em tudo se fez semelhante a seus irmãos, o missionário salesiano assume os valores desses povos e partilha suas angustias e esperanças».

Afirmam ainda importância da «promoção humana» na pastoral missionária.

«Nas paróquias e residências missionárias contribuímos para a difusão do Evangelho e promoção do povo, colaborando com a pastoral da Igreja particular mediante as riquezas de uma vocação específica.
Oferecemos nosso serviço pedagógico e catequético na área juvenil por meios de centros especializados» .

As FMA ampliaram bastante a compreensão sobre os artigos referentes à missão, uma vez que anteriormente entendiam a evangelização mais como anúncio explícito da Palavra. «Limaram os artigos constitucionais em mérito» . O mesmo autor afirma que as Irmãs Salesianas realizaram uma escolha melhor, em comparação com os SDBs. Souberam reunir em um único título (falamos acima deste ponto, cfr. nota 10) o conjunto da obra evangelizadora, onde quer que venha a ser atuada.
Em um dos artigos de suas Constituições resume de modo geral:

«Procurando manter vivo o espírito missionário das origens, trabalhamos para o Reino de Deus nos países cristãos e nos que ainda não foram evangelizados ou se descristianizaram, atentas às exigências dos tempos e às urgências das Igrejas particulares».

Outro artigo sobre missão fala do entendimento e da inculturação exigida pela Igreja contemporânea na tarefa da evangelização hodierna.

«A dimensão missionária, - elemento essencial da identidade do Instituto e expressão de sua universalidade – está presente em nossa historia desde as origens. Trabalhamos entre os povos ainda não atingidos pelo anúncio da Palavra, para que possam encontrar em Cristo o significado profundo de suas aspirações e de seus valores culturais. Sendo presença de Igreja, contribuímos para que amadureça nestes nossos irmãos – especialmente nos jovens – a experiência do amor pessoal de Deus, que poderá fazer nascer neles o desejo de acolher o Evangelho e de serem, por sua vez, testemunhas e apóstolos» .

VDB – O Regulamento da Voluntária de D. Bosco lembra que ela deve estar «atenta às necessidades e às mudanças do ambiente em que vive, trabalha responsavelmente com a criatividade e a flexibilidade próprias do espírito salesiano» .
As oportunidades são aproveitadas para prestarem seu serviço às missões.

SS CC – Devem se sentir unidos aos demais grupos da F. Salesiana.

«Os Salesianos Cooperadores se sentem unidos a todos os grupos pertencentes à F. Salesiana. Estão abertos e promovem qualquer forma de colaboração, de modo particular com os grupos leigos, no respeito pela identidade e autonomia de cada um deles» .

ADMA – O Regulamento renovado informa que a Associação faz parte do grande movimento fundado por D. Bosco, visando a missão apostólica entre os jovens e as classes populares. E que ela é considerada pelo fundador como parte integrante da F. Salesiana.
Seu programa de ação está delineado no Regulamento.
Vê-se que a F. Salesiana preparou cuidadosamente a retomada do espírito salesiano, deixado pelo Fundador.

5. Missão ad gentes e vida consagrada.

O missionário é, em última análise, alguém que tenta fazer prosélitos, mudar uma ideologia, realizar uma conversão. Em nosso tempo o proselitismo não seria um atentado contra a liberdade de consciência? O tempo das missões não estaria superado? Todas as religiões não nos levam para Deus?
Alguém poderá fazer tais interrogações. No entanto, não é isto o que pensa a Igreja de Jesus Cristo, o Missionário por excelência ad gentes (sobre a atividade missionária da Igreja). O anúncio da Palavra de Deus, realizado pelo Cristo morto e ressuscitado continua fazendo parte integrante da bagagem de todo missionário.
Toda a F. Salesiana, cada grupo de acordo com sua própria fisionomia, permanece ativa e impulsionada a participar, com máximo empenho, da tarefa missionária da Igreja de Cristo.
Para o missionário, para o consagrado ou consagrada, evangelizar é consolidar, fortificar sua própria fé.
Missão ad gentes oferece ao leigo/a, aos SDB, às Filhas de Maria Auxiliadora, aos SS CC, a ADMA, aos Ex-alunos, às Voluntárias de D. Bosco, enfim, a toda a F. Salesiana oportunidades privilegiadas para exercerem uma ação apostólica missionária em nome da Igreja de Cristo. A presença característica desses missionários/as irá difundindo aquele sal vivificador e aquela luz que brilhará nas trevas. O espírito de D. Bosco que estes grupos aberta ou silenciosamente poderão imprimir, forjarão um novo aspecto humano, uma nova consciência e mentalidade. Modificarão as mesmas estruturas da sociedade e criarão um «Novo Homem», plasmado à imagem e semelhança do Evangelho.

Recife, março 2010.

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