sexta-feira, 30 de julho de 2010

Evangelho do domingo: "deus" dinheiro


Por Dom Jesús Sanz Montes, ofm, arcebispo de Oviedo


OVIEDO, sexta-feira, 30 de julho de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos a meditação escrita por Dom Jesús Sanz Montes, OFM, arcebispo de Oviedo, administrador apostólico de Huesca e Jaca, sobre o Evangelho deste domingo (Lucas 12,13-21 ), 18º do Tempo Comum.

* * *

Alguém do público increpa Jesus para que sirva de mediador em uma discussão familiar a propósito da herança. Esse "poderoso cavalheiro, o senhor dinheiro", cupido de cobiça, é fortemente sedutor, e nas jaulas das suas iscas já caíram homens de todas as épocas.

Jesus pretende, muito além da disputa pontual que aquele episódio lhe apresentou, desmascarar a torpe chantagem que sempre supõe o deus dinheiro, o ídolo do ter, a falsa segurança de acumular. O conselho da parábola deste Evangelho - "descansa, come, bebe e regala-te" - parece ter sido corrigido e aumentado hoje em dia, assim como há 20 séculos, pelos conselhos hedonistas aos que nos empurram os adoradores dos novos bezerros de ouro: compre, consuma, troque, aspire, goze, desfrute...

Não é que Jesus Cristo e o cristianismo sejam tristes e entristecedores, estraga-prazeres da vida, mas alertam sobre a propaganda fácil de uma felicidade falsa.

Denuncia-se que, pouco a pouco, vamos todos acreditando que o problema da nossa felicidade depende do que tenho e do que acumulo. O problema vem quando retiramos a máscara do personagem e emerge a realidade da pessoa; o drama surge quando, no camarim da nossa intimidade, limpamos a maquiagem social e aparecem as rugas da nossa alma, que havíamos camuflado tão bem por baixo de tantas aparências.

E quando os profetas do consumo vão levando nossa insatisfeita sociedade ao jardim das delícias do deus dinheiro; e quando, alcançado o objetivo proposto de adquirir e desfrutar do que nos foi prometido, continuamos mastigando a tristeza e o vazio; e quando, nessa interminável espiral de ansiedade, constatamos que nos falta muito para viver felizes; e quando, entrando na jogada do consumo, do dinheiro e do prazer inumano, o que conseguimos geralmente é angústia, vaidade, enfrentamento, ansiedade, injustiças, desumanização... Então nós, cristãos, olhamos para Jesus, como aqueles outros fizeram há 2 mil anos, e acreditamos que a única riqueza que não mancha, nem corrompe, nem ofende, nem destrói, é essa da qual Ele falava: "não ajuntar tesouros para si mesmo, e sim ser rico para Deus".

Então, à luz deste Evangelho, compreendemos que Jesus efetivamente não é rival do que é bom, belo, gostoso, mas sim é implacável contra toda tentativa desumanizadora que pretende comprar e vender a felicidade e a realização sob uma bondade, uma beleza e uma alegria que são falsas, simplesmente falsas.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Oração faz parte da vida cristã, lembra cardeal


“Como Jesus, também nós podemos dirigir-nos a Deus como os filhos se dirigem ao pai”
SÃO PAULO, quarta-feira, 28 de julho de 2010 (ZENIT.org) – “Inegavelmente, a oração faz parte da vida cristã, desde a pregação de Jesus e dos apóstolos e desde os primórdios da Igreja.” É o que destaca o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, em artigo na edição desta semana no jornal O São Paulo.
“Ao longo de toda a história da Igreja, a oração é uma das expressões mais evidentes da fé e da vida eclesial. Cristão reza; e quem não reza deixa de lado um aspecto importante da vida cristã”, afirma o arcebispo.
Segundo Dom Odilo, uma dos significados da oração “é traduzir em atitudes aquilo que se aprendeu sobre Deus e a fé: rezar é passar do crer intelectual ao relacionar-se com Deus.”
“Para saber se alguém tem fé, e que tipo de fé, basta observar se reza e como reza. Por isso é bem justificada a afirmação: lex credendi, lex orandi – o jeito de crer aparece no jeito de rezar e a oração é expressão do jeito de crer.”
Em nossa oração – prossegue o arcebispo – “não nos dirigimos a Deus de maneira abstrata, como se Deus fosse uma energia que pode ser capturada com palavras ou ritos mágicos; nem invocamos um poder impessoal com o fim de direcioná-lo e de obter os benefícios desejados”.
“Nossa oração tem base na graça recebida no Batismo, pela qual fomos acolhidos por Deus como filhos (‘filhos no Filho’) e recebemos o Espírito Santo, que nos ajuda a rezar como convém (cf Rm 8,26-27). Como Jesus, também nós podemos dirigir-nos a Deus como os filhos se dirigem ao pai, com toda confiança e simplicidade.”
“É belo pensar que não somos estranhos a Deus, nem Deus é estranho a nós; somos da ‘família de Deus’, a quem nos dirigimos com toda familiaridade.”
Por isso – afirma o cardeal –, “nossa oração se traduz em profissão de fé, adoração, louvor, narração das maravilhas de Deus, agradecimento, súplica, desabafo na angústia, pedido de perdão, intercessão pelos outros”.
“Filhos amados pelo pai e que lhe dedicam amor filial podem achegar-se ao colo do pai, falar-lhe livremente, chorar no seu ombro, sentir-se abraçados e envolvidos de ternura, até sem dizer uma palavra.”

terça-feira, 27 de julho de 2010

Católicos na política, uma presença que não se nota


Apresentado aos parlamentares italianos documento preparatório para as Semanas Sociais


ROMA, quinta-feira, 22 de julho de 2010 (ZENIT.org) - Os católicos devem voltar a ser uma presença significativa na política italiana, para o bem do país. Esta é uma das principais mensagens do encontro de apresentação do documento preparatório da 46ª Semana Social, realizado em 22 de julho.

O evento, realizado em Roma no Palácio Giustiniani do Senado, que contou com a presença dos líderes dos principais partidos italianos, foi aberto pelo presidente do Senado italiano, Renato Schifani, e pelo presidente do comitê científico e de organização das Semanas Sociais dos Católicos Italianos, Dom Arrigo Miglio.

"Esperamos que a próxima semana social represente um sinal concreto de empenho por crescer na esperança", disse Dom Arrigo Miglio em sua intervenção, na qual retomou as palavras de Bento XVI ao reafirmar que a Igreja "tem o bem comum em seu coração, o qual nos convida a partilhar os recursos econômicos, intelectuais, morais e espirituais, aprendendo a enfrentar juntos, em um contexto de reciprocidade, os problemas e desafios do país".

"Ver a Itália sob uma perspectiva unitária e solidária - sublinhou o prelado - significa enxergar não apenas seus problemas, mas também os recursos à disposição", tendo em mente que "o país não crescerá se não estiver unido".

Renato Schifani, por sua vez, recordou que "a Itália conheceu momentos da real fratura no seio da comunidade nacional, que foram superados somente quando se conseguiu recompor uma unidade fundamentada em princípios e ideais plena e concretamente partilhados".

Segundo o presidente do Senado, "saber partilhar não implica num desrespeito aos papéis, atribuições e funções determinados segundo as regras da democracia madura da alternância; ao contrário, significa se sentir parte, protagonistas até o fim, dos ideais que mantêm a coesão nacional".

No que se refere à presença dos católicos no âmbito político, Schifani afirmou que "o protagonismo dos católicos deve ser avaliado concretamente, com posicionamentos concretos em relação aos temas prioritários".

Para ele, o problema não é a ausência de católicos na esfera política, mas sim o fato de que "a presença dos católicos não é plenamente capaz de se fazer perceber".

Em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano, Edoardo Patriarca, lembrando a expectativa manifesta pelo Papa Bento XVI sobre o nascimento de uma nova geração de católicos comprometidos com a política, disse que, ao falar com os jovens sobre política, nota-se claramente sua desilusão.

"Porém, devo dizer que, percorrendo nosso país neste ano, acompanhado por outros amigos, descobrimos muitos jovens atuando na administração pública (...); creio que estão desenvolvendo e amadurecendo novas vocações políticas."

"Penso que o convite à responsabilidade dos católicos, dos leigos católicos, é urgentíssima (...). Penso que os católicos têm tanto a oferecer, que não fazê-lo constituiria um pecado de omissão.".

"Não escondo os esforços que temos empreendido a fim de conscientizar os políticos de inspiração cristã - aqueles que se dizem católicos - a buscarem na Doutrina Social da Igreja um fio condutor que os oriente em sua atuação."

"Acredito que esta via deva ser promovida e reforçada", concluiu.

Bento XVI: quem reza nunca está sozinho


Discurso ao introduzir o Angelus com os peregrinos em Castel Gandolfo


CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de julho de 2010 (ZENIT.org) – Apresentamos as palavras que o Papa dirigiu neste domingo ao meio dia, do balcão do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, ao introduzir a oração do Angelus junto dos fiéis e peregrinos presentes.

Caros irmãos e irmãs!

O Evangelho deste domingo apresente Jesus recolhido em oração, um pouco separado dos seus discípulos. Quando ele termina, um dos discípulos diz: “Senhor, ensina-nos a rezar” (Lc 11, 1). Jesus não faz objeção, não fala de fórmulas estranhas ou esotéricas, mas com muita simplicidade diz: “Quando orardes, dizei: Pai...’”, e ensina o Pai Nosso (cfr Lc 11, 2-4), trazendo-o da sua própria oração, com que se dirigia a Deus, seu Pai. São Lucas apresenta o Pai Nosso em uma forma mais breve que a do Evangelho de São Mateus, que entrou em uso comum. Estamos defronte às primeiras palavras da Sagrada Escritura que aprendemos desde crianças. Elas se imprimem na memória, moldam nossa vida, acompanham até o último suspiro. Elas nos revelam que nós não somos filhos de Deus de maneira já completa, mas que devemos nos tornar seus filhos e sê-lo sempre mais mediante uma comunhão mais profunda com Jesus. Ser filhos se torna o equivalente a seguir Cristo” (Bento XVI, Gesù di Nazaret, Milão 2007, p. 168).

Esta oração também acolhe e exprime as necessidades humanas materiais e espirituais: “dá-nos, a cada dia, o pão cotidiano, e perdoa-nos os nossos pecados” (Lc 11, 3-4). E precisamente pelas necessidades e dificuldades de cada dia, Jesus exorta com vigor: “portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta” (Lc 11,9-10). Não é um pedido para satisfazer os próprios desejos, mas sim para manter viva a amizade com Deus, que – diz sempre o Evangelho – dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem” (Lc 11,13). Experimentaram-no os antigos “padres do deserto” e os contemplativos de todos os tempos, tornando-se, com motivo da oração, amigos de Deus, como Abraão, que implorou ao Senhor que salvasse os poucos justos do extermínio da cidade de Sodoma (cfr Gen 18, 23-32). Santa Teresa d’Ávila convidava suas irmãs de comunidade, dizendo: Devemos suplicar a Deus que nos livre de todo perigo e sempre tire todo o mal. E o quão imperfeito seja o nosso desejo, esforcemo-nos em insistir nesse pedido. Que custa tanto pedir, se nos voltamos para o Todo-Poderoso?” (Cammino, 60 (34), 4, in Opere complete, Milão 1998, p. 846). Sempre que rezamos o Pai Nosso, a nossa voz se une à da Igreja, porque quem reza nunca está sozinho. “Cada fiel deverá buscar e encontrará na oração cristã o próprio caminho, o próprio modo de rezar, e se deixará conduzir pelo Espírito Santo, que o levará, por meio de Cristo, ao Pai” (Congregação para a Doutrina da Fé, Alcuni aspetti della meditazione cristiana, 15 de outubro 1989, 29: AAS82 [1990], 378).

Hoje se celebra a festa do apóstolo São Tiago o Maior, que deixou o pai e o trabalho de pescador para seguir Jesus, sendo o primeiro dos apóstolos a dar a vida por Ele. De coração dirijo um pensamento especial aos peregrinos presentes em Santiago de Compostela! Que a Virgem Maria nos ajude a redescobrir a beleza e a profundidade da oração cristã.


Após rezar o Angelus, o Papa saudou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:

Saúdo também os peregrinos de língua portuguesa, especialmente o grupo de brasileiros vindos da diocese de Blumenau. Agradecido pela amizade e orações, sobre todos invoco os dons do Espírito Santo para serem verdadeiras testemunhas de Cristo no meio das respectivas famílias e comunidades que de coração abençoo.

[Traduzido por ZENIT

ABORTO NO CINEM A

O aborto no cinema

Por Franco Baccarini*

ROMA, domingo, 22 de julho de 2010 (ZENIT.org) – Nos últimos anos assiste-se a uma multiplicação de filmes sobre o tema do aborto; um fenômeno paralelo à também crescente atenção dada ao assunto nos âmbitos político e social, de forma que não se trata de uma mera coincidência. Dado o pouco espaço à disposição, tratarei de apenas dois filmes.

O primeiro título que submeto à atenção do leitor é “L'amore imperfetto” (“O amor imperfeito”), Itália-Espanha, 2000, dirigido por Giovanni Davide Maderna, com Enrico Lo Verso e Marta Belaustegui.

A palavra “imperfeito” do título remete à questão que está na base do ótimo filme de Maderna, que passou quase despercebido pelo público. A questão é a seguinte: seria imperfeito o amor que estabelece por uma criança destinada à morte antes mesmo de nascer?

A questão suscita imediatamente outra: seria imperfeito o amor por uma vida que nasce, apenas pelo fato desta ser imperfeita? E podemos encontrar uma terceira questão, chave para o filme de Maderna: quão longe podem ir a fé e a esperança se o filho que Angela - a protagonista - porta em seu ventre está destinado a não viver?

Também neste caso, é oportuno apresentar uma breve sinopse para melhor compreender o assunto de que tratamos. Sergio e Angela são dois jovens recém-casados que esperam pelo primeiro filho, tão desejado; já sabem que a criança nascerá com uma gravíssima má formação cerebral que deve condená-lo à morte, mas esperam por um milagre. Quando a gravidez chega ao fim, o menino nasce com a doença diagnosticada; os dois jovens ficam de tal forma abalados pelo drama que qualquer diálogo se torna impossível, e a vida do casal é destruída.

Na verdade, e este detalhe é de fundamental importância, a posição da mulher é claramente distinta daquela do homem: ela tem fé, enquanto ele em nada crê. Angela, a esposa espanhola de Sergio, sofre profundamente, como é compreensível, e após o nascimento da criança, apóia-se em uma profunda fé em Deus, que irá ampará-la também na quase imediata separação da criança, à diferença de seu marido, que, desprovido de fé, se entregará ao mais absoluto desespero. A jovem mãe, tão corajosa e tão duramente provada pela dor, deverá então enfrentar também o distanciamento afetivo e espiritual do próprio marido.

O filme, segundo admite o próprio diretor, é inspirado numa história real, e se move entre fé, esperança e incomunicabilidade, despertando intensas e profundas reflexões, também à luz de experiências verídicas vividas por associações como “La Quercia Millenaria ONLUS”, dedicada precisamente ao acompanhamento de casais que enfrentam o drama de uma gravidez problemática.

Gostaria de tratar ainda de outro filme: “Bella” (México, 2006), dirigido por Alejandro Monteverde e interpretado por Eduardo Verástegui, Tammy Blanchard, Ali Landry e Manual Pérez. Cabe ressaltar que o filme, transcorridos cinco anos desde sua estréia, ainda luta para encontrar distribuidores dispostos a exibi-lo nas telas dos cinco continentes, muito embora seu valor tenha sido confirmado com a vitória do People's Choice Award 2006 no Festival de Cinema de Toronto. O arcebispo da Filadélfia, cardeal Justin Rigali, pediu a todos os que tiverem a oportunidade que assistam ao filme – o protagonista é um modelo de católico.

“Este filme está destinado a exercer um impacto extraordinário na vida das pessoas”, disse o presidente do comitê da Conferência Episcopal norte-americana.

“Bella” conta a história de uma jovem grávida que perde o emprego, e de um homem que não consegue superar o trauma causado por um incidente no passado. A amizade muda a vida dos dois e abre caminho para novas esperanças. O protagonista, Verástegui, é considerado um católico exemplar, após ter vivido uma vida bem diferente. A conversão o transformou num decidido defensor do direito à vida. O produtor executivo do filme é Steve McEveety, o mesmo de “A Paixão de Cristo”.

“Romântico, por vezes dramático, introspectivo, para muitos é o filme cristão do ano e um hino à vida de rara eficácia (...) Nina é uma garçonete que acaba de descobrir que está grávida, e por essa razão é demitida. Pensa em abortar (...). Nina, com a ajuda de um rapaz, José, compreende o valor da criança que está em seu ventre (...). O ator principal, Eduardo Verástegui, nas fases iniciais de preparação do filme, visitou um clínica de aborto a fim de melhor entender os sentimentos das pessoas que estão para realizar um gesto tão fatal. Lá, fez amizade com um jovem casal mexicano; meses mais tarde, recebeu um telefonema do casal pedindo-lhe a permissão de chamar seu filho de Eduardo [1]”.

Já em 2002, escrevi num artigo para a revista “Silarus” [2] em que digo que, além de serem expectadores conscientes, é necessário que os católicos estejam empenhados em promover autores, produtores e artistas, a fim fazer frente às produções com temáticas contrárias à vida, que banalizam questões como o aborto, a eutanásia, a sexualidade e promovem modos de vida egoístas e consumistas.

A esta necessidade respondeu perfeitamente a Metanoia Films, a partir de uma intuição de Verástegui, com a ajuda do produtor Steve McEveety e a direção competente de Monteverde.

Se os longas costumam ser trabalhosos e custosos (“Bella” foi rodado em três semanas e com poucos recursos), exigindo uma máquina de produção e distribuição de grande escala, seria desejável que ao menos se apoiasse o desenvolvimento de grupos dedicados à produção de curtas-metragens, com o duplo objetivo de formar novos autores, atores e técnicos e de responder ao monopólio niilista que domina as grandes telas.

* Franco Baccarini é especialista em bioética e crítico de cinema.

[1] Bricchi Lee

quinta-feira, 22 de julho de 2010

CARTA DE UMA PROFESSORA.

RESPOSTA A VEJA

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e ...disciplina.

Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios interessantes, planejados, minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;

Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 min intervalo, onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.

Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo.

Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente!!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

PEREGRINAÇÃO DE D. BOSCO NO NE. DO BRASIL

Bilhetes escritos ao Santo

Em diversas das comunidades visitadas pela Urna recolhemos bilhetes escritos pelos fiéis. São pedidos, mensagens, orações feitos por mães e pais de famílias, jovens que admiram e confiam no santo da Juventude. Ao passarmos a vista sobre todos eles, vemos como o povo em todos os lugares ama e gosta do santo. No total ultrapassaram os 1700. A leitura faz lembrar os pedidos feitos ao P. Cícero pelos seus devotos.

Eis os assuntos mais freqüentes dirigidos ao santo peregrino:

• Pela paz e felicidade da família.
• Cura e libertação própria e da família.
• Cura da bebida, prostituição, libertação das drogas e do espiritismo.
• Conversão do esposo e filhos, que ele volte e se entenda com a família abandonada.
• Pela saúde e perdão dos pecados.
• Vários pedidos pela saúde do padre da paróquia.
• Pela vida profissional, emprego, entrada na Faculdade.
• Libertação do álcool e das ilusões do mundo.
• Pela conversão da família, bênção de casamentos e namoro dos filhos.
• Pela iluminação dos gestores para que sigam o caminho certo em prol dos mais necessitados.
• Fé, discernimento e coragem no uso dos dons recebidos.
• «Sei que gostas dos jovens»: D. Bosco protege meus filhos jovens.
• Que os filhos valorizem o que os pais fazem por eles.
• Que D. Bosco me arranje um bom marido, um homem de Deus.
• Que D. Bosco apague todas as músicas mundanas. Que abençoe quem morreu e quem está vivo.
• Reconciliação do esposo com a família e com Deus.
• Tire do marido a mulher da vida e a cachaça.
• Para que fique livre da «depreça» (depressão?).
• Consiga uma casa própria: «Sei que não sou digna de pedir e receber, mas por tua infinita misericórdia, dá-nos esta graça». (Pedido feito a D. Bosco, mas, em termos de quem se dirige a Deus).
• Pela família desabrigada pelas enchentes (feito por alguém de João Pessoa e antes das enchentes de Pernambuco e Alagoas).
• Pela conversão dos filhos, aumento de salário e pagamento de dívidas.
• Pelos filhos e filhas que não obedecem e saem de casa.
• Gostaria de saber se o jovem com quem se relaciona deve ser realmente o escolhido. Feito por uma jovem.
• «Dom Bosco, por favor, faça com que eu ganhe a minha guitarra».
• Tirar a gordura dos netos e filhos.
• De um jovem: «Queria tanto pedir que o Fluminense fosse campeão».
• Um desabafo: «Tomo remédio direto das farmácias e de casca de pau e nada adianta».
• Um jovem pede para se livrar da escravidão da bebida.
• Pelos doentes que não têm com que comprar remédio.
• Abençoe a gestação.
• Para que volte a andar, falar e viver.
• Livre das calúnias e mentiras.
• Que livre de todo olho gordo e que o senhor proteja meus inimigos para que nada de mal que venha deles caia sobre mim.
• Pelos jovens que sofrem discriminações.
• Para que possa engravidar.
• Coloque em minha vida uma pessoa que me ajude a não me afastar de ti. Goste de ir à Missa.
• Que meus irmãos tenham condições necessárias para plantar, colher e sustentar suas famílias.
• Arranje um clube de futebol para eu jogar.
• Que o marido deixe a prostituição e volte a amá-la.
• D. Bosco desejo pelo menos 1% (hum por cento) do que o senhor foi.
• Mães pedem para que os filhos casem e saiam da prostituição.
• Que o filho deixe as drogas, a prostituição, os roubos e todos os pecados e se entregue a Jesus.
• Que o doutor esteja ao lado do parto da filha.
• Purificação da alma e do corpo.
• Um dos bilhetes tinha uma lista de 41 pessoas para quem se pedia graças, outro 47.
• Solução de diversos processos jurídicos.
• Solução pacífica de partilha de sítios ou outras posses.
• «Para que pare de ser ignorante que já tentei e não sei».
• Último bilhete: «D. Bosco, vós que estais face a face com Jesus intercedei por esta família, dando-lhe saúde e paz».

segunda-feira, 19 de julho de 2010

JORNADA DE ESPIRITUALIDADE E ROMARIA DA F. SALESIANA

Reunião sobre a Jornada de Espiritualidade Salesiana e
Romaria da Família Salesiana.

Realizou-se, conforme combinado, no dia 17 de julho de 2010, mais uma reunião para tratar da Jornada de Espiritualidade e Romaria da Família Salesiana.

Sobre a Jornada de Espiritualidade ficou acertado o seguinte:
- Foi alterada a data antes pensada: 11 a 13 de agosto.
Motivo: Nesta mesma data acontece em Jaboatão Colônia o Encontro dos Diretores e Párocos, conforme o Calendário de Atividades da Inspetoria e logo depois a festa de Dom Bosco, nas Comunidades e Paróquias Salesianas. Sendo assim a nova data será: 24 a 26 de agosto de 2010.
- A ficha de inscrição estará disponível no Blog da Família Salesiana a partir de hoje (19 / julho). Os líderes e coordenadores dos grupos da Família Salesiana poderão imprimir e organizar a inscrição dos membros de seu grupo.
- O valor da inscrição é de R$10,00 (dez reais) e o pagamento da taxa será feito através de conta bancária com os seguintes dados:
Banco do Brasil (Conta Poupança)
Conta – Nº 7606-6
Agência – 4357-5
- A entrega da ficha de inscrição será feita na recepção da Casa Inspetorial - Recife.

Falando sobre a Romaria da Família Salesiana foi dito que:
O Padre Antenor e uma equipe em breve farão uma visita ao local (Colônia Salesiana-Jaboatão), para uma melhor organização e definição dos momentos celebrativos. Este ano teremos uma programação diferente contemplando também as crianças e os jovens, com bingo recreativo e aeróbica de Jesus. Outra novidade será a criação de uma Praça de Alimentação num local específico. No próximo encontro, marcado para o dia 14 de agosto, definiremos as equipes de trabalho.
Aguardamos a participação de todos na próxima reunião, dia 14 de agosto.

Recife, 19 de julho de 2010.
Pe. Antenor de Andrade,
Delegado da Família Salesiana.

sábado, 17 de julho de 2010

EVANGELHO DO DOMINGO

Evangelho do domingo: o protesto

Por Dom Jesús Sanz Montes, ofm, arcebispo de Oviedo

OVIEDO, sexta-feira, 16 de julho de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos a meditação escrita por Dom Jesús Sanz Montes, OFM, arcebispo de Oviedo, administrador apostólico de Huesca e Jaca, sobre o Evangelho deste domingo (Lc 10, 38-42), 16º do Tempo Comum.

* * *

A cena do Evangelho deste domingo acontece em uma casa muito querida por Jesus, em Betânia, onde três irmãos (Lázaro, Marta e Maria) desfrutavam de sua amizade. Dá-se um célebre diálogo entre Marta e Jesus, que não podemos ler de forma reducionista: Maria, a mulher contemplativa "que não faz nada" e Marta, a mulher ativa "que trabalha pelas duas". A partir desta visão dualista e divididora sairia o elogio de Jesus ("Maria escolheu a melhor parte") em benefício da vida contemplativa, mas contra a outra atitude representada por uma Marta muito atarefada e nervosinha.

Em uma interpretação enviesada dessa atitude, poderia parecer que Maria era uma aproveitadora, enquanto Marta era a personagem dissipada, talvez vítima do privilégio da sua irmã. Isto é, Maria escutava o Mestre e Marta pagava o preço do luxo contemplativo da sua irmã. Mas o que Jesus "rejeitava" em Marta não era sua atividade, mas que realizasse seu trabalho sem paz, com angústia e murmuração, até o nervosismo que chega a fazer esquecer a única coisa necessária, no afã de tantas outras que não o são. Portanto, Jesus não está propugnando e menos ainda elogiando a folga de "escapulir", mas a primazia absoluta da sua Palavra.

Esta cena tenta alertar-nos sobre os dois extremos que um discípulo de Jesus deveria evitar: tanto um modo de trabalhar que nos leve a esquecer do mais importante, como um modo de contemplar que nos torne inibidores daquelas tarefas que solidariamente temos que compartilhar com os outros.

Não obstante, acho que hoje corremos mais o risco de esquecer essa atitude essencial de escutar Jesus, de dedicar tempo à sua Palavra e à sua presença. Como somos filhos de uma cultura da pressa e do arrebato, do eficientismo, o que não está na moda é a gratuidade e, por isso nos custa tanto orar de verdade, e isso explicaria em boa medida como, trabalhando às vezes tanto - inclusive apostolicamente - nosso esforço e dedicação tenham em ocasiões tão pouco fruto.

A tradição cristã resumiu este ensinamento de Jesus em um binômio que recolhe a atitude do verdadeiro discípulo cristão: contemplativo na ação e ativo na contemplação. Em outras palavras, que tudo que possamos fazer responda a essa Palavra que prévia e incessantemente ouvimos e, ao mesmo tempo, que toda verdadeira escuta do Senhor nos lance não a um egoísmo piedoso, mas a um trabalho e a uma missão que construam o projeto de Deus, seu Reino.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

FIÉIS ESCREVEM A D. BOSCO, EM SUA VISITA AO NE. DO BRASIL

BILHETES COLOCADOS SOB AS RELÍQUIAS.
P. Antenor de de Andrade Silva, sdb.
(Acompanhou a Urna pelo Nordeste do Brasil).

Em diversas das comunidades visitadas pela Urna recolhemos bilhetes escritos pelos fiéis. São pedidos, mensagens, orações feitos por mães e pais de famílias, jovens que admiram e confiam no santo da Juventude. Ao passarmos a vista sobre todos eles, vemos como o povo em todos os lugares o amam e o têm como um grnde taumaturgo, mas ao mesmo tempo próximo às pessoas. No total ultrapassaram os 1.700, rabiscados em todos os tipos, cores e fomatos de papéis. A leitura faz lembrar os pedidos feitos ao P. Cícero pelos seus devotos.

Eis os assuntos mais freqüentes dirigidos ao santo peregrino:

• Pela paz e felicidade da família.
• Cura e libertação própria e da família.
• Cura da bebida, prostituição, libertação das drogas e do espiritismo.
• Conversão do esposo e filhos, que ele volte e se entenda com a família abandonada.
• Pela saúde e perdão dos pecados.
• Vários pedidos pela saúde do padre da paróquia.
• Pela vida profissional, emprego, entrada na Faculdade.
• Libertação do álcool e das ilusões do mundo.
• Pela conversão da família, bênção de casamentos e namoro dos filhos.
• Pela iluminação dos gestores para que sigam o caminho certo em prol dos mais necessitados.
• Fé, discernimento e coragem no uso dos dons recebidos.
• «Sei que gostas dos jovens»: D. Bosco protege meus filhos jovens.
• Que os filhos valorizem o que os pais fazem por eles.
• Que D. Bosco me arranje um bom marido, um homem de Deus.
• Que D. Bosco apague todas as músicas mundanas. Que abençoe quem morreu e quem está vivo.
• Reconciliação do esposo com a família e com Deus.
• Tire do marido a mulher da vida e a cachaça.
• Para que fique livre da «depreça» (depressão?).
• Consiga uma casa própria: «Sei que não sou digna de pedir e receber, mas por tua infinita misericórdia, dá-nos esta graça». (Pedido feito a D. Bosco, mas, em termos de quem se dirige a Deus).
• Pela família desabrigada pelas enchentes (feito por alguém de João Pessoa e antes das enchentes de Pernambuco e Alagoas).
• Pela conversão dos filhos, aumento de salário e pagamento de dívidas.
• Pelos filhos e filhas que não obedecem e saem de casa.
• Gostaria de saber se o jovem com quem se relaciona deve ser realmente o escolhido. Feito por uma jovem.
• «Dom Bosco, por favor, faça com que eu ganhe a minha guitarra».
• Tirar a gordura dos netos e filhos.
• De um jovem: «Queria tanto pedir que o Fluminense fosse campeão».
• Um desabafo: «Tomo remédio direto das farmácias e de casca de pau e nada adianta».
• Um jovem pede para se livrar da escravidão da bebida.
• Pelos doentes que não têm com que comprar remédio.
• Abençoe a gestação.
• Para que volte a andar, falar e viver.
• Livre das calúnias e mentiras.
• Que livre de todo olho gordo e que o senhor proteja meus inimigos para que nada de mal que venha deles caia sobre mim.
• Pelos jovens que sofrem discriminações.
• Para que possa engravidar.
• Coloque em minha vida uma pessoa que me ajude a não me afastar de ti. Goste de ir à Missa.
• Que meus irmãos tenham condições necessárias para plantar, colher e sustentar suas famílias.
• Arranje um clube de futebol para jogar.
• Que o marido deixe a prostituição e volte a amá-la.
• D. Bosco desejo pelo menos 1% (hum por cento) do que o senhor foi.
• Mães pedem para que os filhos casem e saiam da prostituição.
• Que o filho deixe as drogas, a prostituição, os roubos e todos os pecados e se entregue a Jesus.
• Que o doutor esteja ao lado do parto da filha.
• Purificação da alma e do corpo.
• Um dos bilhetes tinha uma lista de 41 pessoas para quem se pedia graças, outro 47.
• Solução de diversos processos jurídicos.
• Solução pacífica de partilha de sítios ou outras posses.
• «Para que pare de ser ignorante que já tentei e não sei».
• Último bilhete: «D. Bosco, vós que estais face a face com Jesus intercedei por esta família, dando-lhe saúde e paz».

A EUROPA DECADENTE PRECISA DE CONCERTO

Peregrinação a Fátima enfoca:Há mais alegria em dar do que em receber

FÁTIMA, terça-feira, 13 de julho de 2010 (ZENIT.org) – O bispo auxiliar do Porto, Dom João Miranda, que preside à peregrinação de julho no Santuário de Fátima, exortou os peregrinos a partilhar, pedindo a Deus a virtude a caridade.

Para a Europa, “decadente e a precisar de conserto”, e para a Igreja, o prelado pediu uma “Nova Ordem”, segundo informa a Sala de Imprensa do Santuário.

“A primeira partilha a fazer é aquela que deriva da justiça: o justo salário a quem trabalha”, disse.

“A segunda forma de partilha é acudir aos casos clamorosos de quem tem fome de pão, de saúde, de escolarização, de dignidade humana.”

Já a terceira “é banir a inveja do coração”, afirmou Dom João Miranda na Missa da Vigília de 12 de junho, na qual participaram mais de três dezenas de grupos de peregrinos vindos de quinze países.

O bispo auxiliar do Porto considera que a crise atual “não é sobretudo uma questão financeira ou econômica, mas é uma crise moral”.

Uma forma de repartir, assinalou o prelado, é “dar com alegria”, seja “o pão, a ciência, a cultura e a sabedoria do espírito”.

“Muito já se disse sobre uma nova ordem internacional. Os poderosos das nações reúnem-se para acertar caminhos. Mas os acordos são difíceis, porque no meio se interpõem os interesses particulares”, afirmou.

Segundo o bispo, os cristãos “têm, teriam uma palavra importante a dizer. Mas parece que estamos encolhidos nos parlamentos, nos nossos interesses, na nossa defesa pessoal nas malhas de uma Europa decadente, a precisar de um conserto que devolva a esperança e a confiança às nações”.

Também para a Igreja, o bispo assinalou a necessidade de uma “nova ordem pastoral”, “que se exprima em acolhimento, respeito, desprendimento, mais partilha de bens, comunhão e paz, mais Palavra de Deus e menos ritos”.

“A Igreja, nós, não podemos enredar-nos em pormenores, mas temos de atender as pessoas e a não ter medo de anunciar um evangelho difícil, mas que enche as medidas do coração”, disse.

terça-feira, 13 de julho de 2010

COPA DO MUNDO E PAÍSES AFRICANOS

Copa do mundo trouxe solidariedade entre os países africanos
Comentário do arcebispo de Durban, cardeal Wilfrid Fox Napier
ROMA, segunda-feira, 12 de julho de 2010 (ZENIT.org) - O mundial de futebol na África do Sul, encerrado no domingo com a vitória da seleção espanhola sobre a holanda, levou ao país um maior sentimento de comunhão com a comunidade internacional e de solidariedade com as demais nações africanas. Foi o que afirmou o arcebispo de Durban, cardeal Wilfrid Fox Napier, em entrevista concedida à Rádio Vaticana.
“A primeira coisa que a Copa do Mundo na África do Sul deixará é o sentimento de que, finalmente, este país é também membro da comunidade internacional – disse o purpurado. O futebol é o esporte preferido pela maioria dos sul-africanos, especialmente os negros. E para eles, ter uma Copa do Mundo em seu país significou sentirem-se unidos neste reconhecimento por parte da comunidade internacional”.
“Daqui em diante, a coisa mais importante que deverá correr será acreditarmos em nós mesmos, vendo que podemos realizar coisas importantes”, disse ainda.
A nova África do Sul, explicou o cardeal Napier, é “uma idéia” e “um sonho”, “um sonho até então realizado apenas em parte”. “Há 50 ou 60 anos, seria incrível ver um negro caminhando ao lado de um branco; hoje, crianças e pais, brancos e negros, se misturam com se já há muito se conhecessem”.
“Para mim, isto é parte de um sonho que se tornou realidade. Há ainda um longo caminho a ser percorrido, mas, graças a Deus, temos sinais evidentes de somos capazes de fazê-lo”.
Para o purpurado, o evento esportivo teve um efeito positivo em todo o continente africano: “há apenas dois anos, testemunhamos experiências muito negativas de ataques xenófobos contra outros africanos, refugiados em busca de uma vida melhor atacados por outros africanos, seus irmãos”.
“A Copa do mundo trouxe um sentimento de solidariedade entre os vários países africanos, que viram nos mundiais não apenas um evento para a África do Sul, e sim para toda a África. Isto fez muito pela unidade da África – muito mais do que puderam fazer os discursos dos políticos”, concluiu.
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domingo, 11 de julho de 2010

INDIFERENÇA

NÃO QUERO PASSAR COM INDIFERÊNÇA PERTO DE NINGUÉM
(LAURA VICUÑA, ex-aluna salesiana (FMA) a caminho dos altares).

ESPORTE E FÉ

Pode haver relação entre esporte e fé?

Seminário em Roma discute a questão

ROMA, sexta-feira, 6 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- “Que diferença faz Deus no mundo do esporte?”. Esta foi a pergunta que o cardeal Stanislaw Rylko lançou hoje de manhã durante uma conferência sobre o esporte, a fé e a evangelização.
O presidente do Pontifício Conselho para os Leigos interveio durante a introdução ao seminário “Esporte, educação e fé, uma nova estação do movimento desportivo católico”, evento organizado por esse dicastério até este sábado.
O purpurado mostrou em sua conferência algumas visões erradas da prática desportiva: aquela que representa uma ameaça para a fé porque invade os tempos de oração e estudo ou também a que se reduz só a uma oportunidade para o lucro, o poder e a fama.
“São poucos os que estão verdadeiramente convencidos de que existe um laço entre esporte e espiritualidade”, assegurou o cardeal.
O purpurado assinalou também que alguns textos do Concílio Vaticano II, assim como do magistério dos últimos pontífices, referem em diversas ocasiões à importância desta prática para cultivar as virtudes humanas, fortificar o ânimo e o corpo, viver a exigência física e estabelecer relações fraternas no meio do esporte e do trabalho em equipe.
Indicou que estas linhas de orientação “são fundamentais para uma prática esportiva que aponte para a formação da pessoa, bem seja sob o perfil de corporalidade ou sob o perfil da inteligência e da consciência moral e religiosa”.
Para que estes aspectos não fiquem desprezados, destacou a importância do papel das associações esportivas católicas e a promoção de um pacto educativo entre estas e a família.
Formação dos educadores
O cardeal exortou os dirigentes e educadores esportivos a que “sejam capazes de elaborar projetos pedagógicos voltados a desenvolver os componentes culturais, sociais e morais do esporte e que tenham a paixão, o espírito de gratuidade e a dedicação necessária para realizá-los”.
Indicou também como o esporte pode se converter assim em ferramenta que ajude a orientar a vida dos jovens: “coloca objetivos e motivações a tantos jovens que em nossos dias vivem em situação de solidão, desorientação, sobretudo por causa da desintegração das famílias”.
A dimensão comunitária, a colaboração, a amizade e a solidariedade são valores que se podem cultivar dentro de uma prática esportiva, que representa “um antídoto para o individualismo que marca o mundo contemporâneo”.
Valores que o homem, sendo criado para o encontro, quer esquecer. “Sua primeira relação é com Deus e só graças ao reconhecimento de que Deus existe ele pode relacionar-se com os outros”, disse o purpurado.
Indicou ainda que não se pode falar de “esporte católico”, tampouco se pode dizer que o cristianismo não tem nada a dizer ao esporte.
“As associações esportivas católicas, as paróquias, os oratórios, os entes que trabalham neste âmbito e são animados por princípios cristãos devem trabalhar para elaborar uma pastoral apta às inquietudes dos esportistas, para promover um esporte que acredite nas condições de uma vida rica de esperança”, sublinhou o cardeal Rylko.

GESTORES E PASTORES

1. Bíblia e gestão

Princípios de gestão encontrados na Bíblia
Um dos princípios deles é dividir a quantidade de trabalho por várias pessoas. A Bíblia diz em Êxodo 18:21 “Além disto procurarás dentre todo o povo homens de capacidade, tementes a Deus, homens verazes, que aborreçam a avareza, e os porás sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez.”
Uma boa gestão requer vigilância e afirmação.
“Conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel toda a obra. Viu, pois, Moisés toda a obra, e eis que a tinham feito. Como o Senhor ordenara, assim a fizeram, então Moisés os abençoou.” Êxodo 39:42-43
Gestão é um dos dons de Deus.
“De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé. Se é ministério, seja em ministrar. Se é ensinar, haja dedicação ao ensino, o que exorta, use esse dom em exortar. O que reparte, faça-o com liberalidade. O que preside (faça) com zelo. O que usa de misericórdia, com alegria.” Romanos 12:6-8
Os bons gerentes reconhecem as suas limitações.
“Nesse mesmo tempo eu vos disse: Eu sozinho não posso levar-vos.” Deuterenômio 1:9
Os bons administradores planejam com antecedência. A Bíblia diz em Lucas 14:28-30 “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar.”.
2. Gestão e profissionalismo
Há dois aspectos fundamentais numa gestão profissional. Seus agentes devem possuir domínio de conhecimentos por um lado e por outro serem portadores de habilidades especificas. Ambas estas características são adquiridas após longa e contínua aprendizagem na qual se procura dosar a teoria à prática.
Afonso Murad apresenta em seu trabalho Gestão e Espiritualidade, seguindo a classificação de Drucker , alguns princípios basilares da gestão. Eles devem fazer parte do agir cotidiano de qualquer gestor que deseje que sua empresa tenha realmente bons resultados.
Apenas cito sumariamente o que diz Murad na obra citada ( pp. 21ss).
• A capacitar e mobilizar as pessoas para atuarem conjuntamente deve ser a primeira preocupação de qualquer instituição. Deste modo aproveitam-se melhor as forças positivas e as deficiências serão mais facilmente neutralizadas. As qualidades existentes em cada um serão somadas e carreadas para objetivo final da entidade.
• Inserir-se na realidade local, sem que as culturas locais ou regionalismos não sufoquem a identidade da instituição, seus princípios e mecanismos.
• Conhecer a realidade e após estudo com os colaboradores, fixar metas concretas e possíveis de serem executadas.
• Centrar-se no cliente (público-alvo) e não em si mesmas. Focar-se no cliente é conhecê-lo, interpretar suas necessidades tentar solucioná-las, gerando benefícios. O alvo não é agradar o chefe da empresa, mas oferecer ao cliente o que nele necessita. Todos os colaboradores devem então visar o alvo.
• Desenvolver «um efetivo sistema de comunicação, de circulação de informações e de serviços internos» de tal modo que passe a existir uma grande teia no interno da organização. Cada um assumindo o que lhe é próprio, exigindo dos demais o que lhe é próprio, a fim de que se chegue ao objetivo geral.
• Desenvolver constantemente novas habilidades e conhecimentos. Também aqui se pode falar em saber ler os sinais dos tempos. O contexto atual de um mundo globalizado exige esta atualização.

As organizações sociais ou religiosas – se quiserem sobreviver - não podem ser geridas de modo diferente das demais instituições. Gerencialmente elas não são diferentes, mesmo se são de religiosos/as. Devem ser geridas profissionalmente e não empírica ou emocionalmente, o que por vezes acontece entre religiosos. Não se pode, em termos empresariais, dar ouvidos às chantagens emocionais. Há tempo, modos, momentos e lugares para se exercer a caridade.
Um gerenciamento correto fará da organização um instrumento apto, tornando as pessoas que nela trabalham um grupo unido que irá em conjunto realizar sua tarefa de um modo satisfatório.

3. Gestão e hierarquia

Em toda organização deve haver uma hierarquia que partindo de uma base piramidal alcance seu topo numa autoridade principal ou final. Alguém a quem se reportar, alguém que tome as decisões, sobretudo nos momentos críticos porque pode passar qualquer entidade. Claro que este fato não dispensa o trabalho em equipe, dialogal que aproveite a experiência de todos os componentes da comunidade empresarial.
Deve-se combater a burocracia, evitando uma hierarquia inchada que entrave o andamento e agilize e desempenho de todos.
Deve-se observar que numa empresa é muito importante que a organização se ajuste à tarefa que se pretende desenvolver.

« O que determina um grau mais alto na escala hierárquica não é o privilégio ou o jogo político, mas a complexidade do trabalho a realizar e a habilidade de coordenar processos, de forma a conduzir a instituição para realizar bem sua missão».


4. Gestão e mudanças

«Não é impossível reformular uma instituição em declínio, mas um quilo de prevenção é muito melhor que uma tonelada de cura».

Mudar é “abandonar o ontem, promover um aperfeiçoamento organizado e explorar o sucesso”.
Mudar é quase sempre dolorido, torturante, sobretudo para as organizações sem fins lucrativos. Por vezes, uma entidade claramente decadente, já sem sentido ou sobrevivendo escorada pela mantenedora vai adiante capengando e sem forcas só porque temos medo de abandoná-la.
Eis o que diz a respeito A. Murad, citando Drucker:

«Elas têm a tendência de considerar tudo aquilo que fazem como justo, ético e a serviço de uma causa. Assim, não se mostram dispostas a dizer, caso alguma coisa não produza resultados, que seus recursos devem se redirecionados. Todas as organizações sem fins lucrativos necessitam mais da disciplina do abandono organizado do que uma empresa. Elas precisam enfrentar opções críticas».

O abandono nem sempre é modificar, destruir tudo. Pode acontecer que se continue a fazer o mesmo de modo diferente. O fundamental é saber gerir o abandono, como trabalhar sobre ele. Neste caso entra a inteligência, a capacidade do líder. «Se fossemos entrar nisso agora, sabendo o que sabemos, faríamos o que estamos fazendo»?
O aperfeiçoamento organizado deve ser sistemático e contínuo e exige uma gama de produtos e serviços como marketing, assistência técnica, atendimento ao pessoal, informações.
Em terceiro lugar temos a exploração do sucesso. Deve-se valorizar os sucessos obtidos, enfatizá-los. As pessoas mais capazes nos lugares certos, the right man in the right place (o homem certo no lugar certo). Isso é fundamental na pedagogia, na pastoral, na administração de uma obra.
O irmão Afonso, citando o pensamento de Drucker reafirma que a política de mudança é fundamental em qualquer organização. Mudar é deixar o ontem. Não é fácil, mas deve ser feito, quando necessário. Vejamos o que diz A. Murad:

«Alguns colégios católicos, hoje, são inviáveis, por diversos motivos. Há cidades dointerior onde já não há um público que requeira tal tipo de escolas e esteja disposto a pagar por ela. Há também escolas de capital que, hoje estão localizadas em local inadequado, longe de sua clientela potencial. Mas por força da inércia, por amor à tradição, por apego ao patrimônio tangível, não se abandona o ontem. Então os recursos financeiros e as energias são canalizados para aquilo que está no caminho da morte. Algumas organizações irão morrer junto com suas obras agonizantes se não abandonarem o ontem».

O empreendedor que não souber gerenciar não permanecerá por muito tempo em sua empresa, pois ela falirá. O mesmo acontecerá com uma gerência parada, sem iniciativas.
Ducker lembra que o gestor não apenas:

«tomar conta da instituição, mas continuar refletir sobre seu desempenho, seus clientes, seus concorrentes e o real benefício que ela traz para a sociedade. A partir dessa reflexão, tomar decisões e elaborar estratégias de ação a curto, médio e curto prazo».

Num mundo globalizado atualizar a missão da organização ou sociedade exige olhar para além dos próprios muros. Não podemos abrir uma obra e ficar esperando que os clientes venham até ela.

5. Preparar as pessoas

É o que se chama gestão de pessoas. Os talentos humanos são hoje nas empresas modernas, sobretudo nas de serviços, juntamente com a marca e a imagem as principais riquezas.
Elas tem uma grande preocupação em valorizar seus funcionários, que hoje não são mais chamados de empregados ou subordinados, mas de colaboradores. Por outro lado há também notáveis investimentos para prepará-los para os cargos aos quais são destinados. Há simpósios locais, regionais, nacionais destinados a capacitá-los sempre mais. Tudo isto destro de uma programação anual, entremeada de reuniões de avaliações e programações.
O departamento de Recursos Humanos tornou-se cada vez mais importante nas empresas modernas, sobretudo quando se trata de selecionar colaborares para setores estratégicos.
Uma escola não pode admitir um funcionário para um setor administrativo, pedagógico ou mesmo para atender na recepção ou portaria se não conhecer bem seu histórico, sua atuação anterior. Deve-se ter critérios e paciência nas admissões. Por outro lado, o que é muito comum nas instituições religiosas, o gestor não pode trabalhar com o coração, nem se deixar chantagear.
Um funcionário que foi testado, avisado, e não se encaixa é um desserviço para toda a instituição, rebotando os efeitos de seu comportamento, inclusive na caminhada pedagógico-pastoral da instituição.

6. Resistências

Um gestor que queira mudar algo, deve estar preparado também para enfrentar oposições, não só dos próprios pares, mas dos seus superiores, sobretudo se ele não é o dono do negócio. As resistências podem ser a própria mentalidade do gestor, timidez ou medo abandonar o ontem, o despreparo, a cultura institucional, hábitos.
Segundo Murad,

«O núcleo da questão reside na dificuldade em conduzir organizações complexas no atual momento histórico. Acumulam-se fatores paralisantes, que as tornam deficientes tanto na missão humanística quanto no negócio».

Seguindo os passos do pedagogo e gestor marista apresentaremos sucintamente aqui alguns dos fatores paralisantes que podem emperrar a evolução progressiva de uma empresa.

7. Estratégias insuficientes

Vivemos em um mundo de fortes concorrências, por vezes desleais, cada vez mais sofisticadas e mudanças rápidas e imprevisíveis.
O lucro é o objetivo primeiro do capitalismo e para conseguir suas metas todos os demais valores são deixados de lado. O que importa é a geração de riquezas, mesmo que estas se concentrem nos cofres de poucos.
O resultado desta estratégia não será benéfico à grande massa da comunidade, gerando “comunidades de morte, ao invés de comunidades de vida.
Um exemplo dessa dinâmica negativa é a alteração do ecossistema, produzindo os grandes derretimentos das calotas polares, alterando a temperatura do planeta, fazendo aparecer os terríveis e mortais tissunamis, as ondas gigantescas que tanto atemorizam.
A Bíblia nos apresenta alguns casos de estratégias positivas.
Moisés ao realizar a libertação de seu povo do Egito usou de eficaz visão estratégica (Ex 5-10). O mesmo se diga do uso pedagógico de sua liderança em vistas à posse da Terra Prometida (Dt 6-8).
O grande líder judeu tendo como escopo a constituição do Povo de Deus usou do sistema preventivo, antevendo os acontecimentos e tenta solucioná-los rapidamente.
Jesus ao nos a aconselhar a sermos “simples como as pombas e espertos como as serpentes” (Mt. 10,16) está sendo um hábil estrategista. Aconselha-nos a sermos argutos, atentos e a abandonarmos a ingenuidade.
Uma estratégia equivocada leva à “percepção ingênua da realidade, ênfase no patrimônio tangível e investimentos desproporcionais e compreensão equivocada sobre marketing”.

8. Percepção ingênua da realidade

O cenário interno e externo deve ser observado criteriosamente. Simples informações não podem ser base de ações que possam ter conseqüências negativas porque não foram realmente estudas, avaliadas. Não se podem deixar de lado as pesquisas, as opiniões, o ouvir a clientela.
A aventura, o “vamos ver como fica” não pode integrar a agenda de um verdadeiro gestor.
Entre nós, certas bonificações ou bolsas, certas “caridades” por que somos religiosos (padres devem fazer caridade), não passam de ingenuidades ou chantagem emocional da parte de quem as solicita.
Temos que abolir o costume daqueles que se vangloriam de “sempre tirar proveito”, de conseguirem o que desejam “passando lábia”. Infelizmente a astúcia, a manha, a solércia nem sempre são advertidas por nós educadores-pastores.
Um desses pedintes de abatimento com várias parcelas em atraso, não conseguindo o que desejava, volta para a funcionária, quita parte do que devia com juros e correção e diz, “é, quem não chora não mama, mas o tesoureiro é durão”.

9. Patrimônio material. Recursos humanos. Equipamentos.

O patrimônio material não é uma realidade intocável, quando defasado ou em disfunção em relação à missão deve ser revisto, readaptado. Um laboratório, um grupo de colaboradores que estejam entravando o processo, a caminhada devem ser mudados. O coração neste caso não pode, não deve funcionar.
Patrimônio, recursos humanos, equipamentos estão efetivamente unidos ligados missão, ao contexto econômico financeiro, aos resultados finais do investimento financeiro. Por outro lado o investimento em qualquer área deve ter em conta, para a otimização dos resultados, profissionais adequados, competentes. Preparar as pessoas, como vimos acima.

10. Bancando a avestruz

Podemos encontrar gestores com dificuldades financeira que conhecem, vivem o problema de sua instituição, mas vão adiante, contemporizando, escondendo o monstro ou esperando uma ajuda do céu que não vem. Aguardando que a mantenedora, que pode até desconhecer a real situação, escore, socorra, injete recursos na obra em dispnéia e até mude a direção.
Não se pode imitar a avestruz que se obstina a não enxergar o lado desagradável da situação.
O Sistema preventivo, volto a dizer, é um ótimo instrumento de trabalho também para os nossos gestores. Evita que nos tornemos bombeiros, por vezes incapazes de apagar o fogaréu.

11. Auto estima e propaganda

Não adianta divulgar aos quatro ventos que sua instituição é a melhor da cidade ou do interior se, em se tratando de uma instituição educacional, seus professores, alunos e famílias estão desmotivados, inseguros, insatisfeitos. Se a auto estima deles está abaixo do aceitável.
Não adianta gastar com propaganda se por dentro a escola está deficitária em sua estrutura edilícia ou com salas de aulas, pátios, sanitários deixando a desejar. A imagem da escola não se constrói de fora para dentro, mas de dentro para fora.
Devemos ter cuidado com as propagandas enganosas. O gestor e especialmente o educador – pastor deve sempre cultivar a lisura no proceder, a sinceridade, a honradez, a probidade, a honestidade dos atos, a inteireza de caráter. Eles são espelhos não só para os educandos que freqüentam diariamente seus educandários, mas para suas famílias, para a sociedade.

FRASES DE D. BOSCO

* CERTAS OMISSÕES COM O ANDAR DA CARRUAGEM TORNAM-SE UM DESVIO QUE PODE TRAZER GRAVES CONSEQUÊNCIAS.

* QUEM VIVE NA ABUNDÂNCIA, FACILMENTE ESQUECE DEUS.

* OS LOUVORES DOS HOMENS PARA NADA SERVEM, A NÃO SER PARA CRIAR AMBICIOSOS E SOBERBOS.

* SER AMIGO DE DOM BOSCO SIGNIFICA QUE DEVES AJUDAR-ME A SALVAR TUA ALMA.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Evangelho do domingo: vai e faze a mesma coisa

Espiritualidade

Por Dom Jesús Sanz Montes, ofm, arcebispo de Oviedo

OVIEDO, sexta-feira, 9 de julho de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos a meditação escrita por Dom Jesús Sanz Montes, OFM, arcebispo de Oviedo, administrador apostólico de Huesca e Jaca, sobre o Evangelho deste domingo (Lc 10, 25-37), 15º do Tempo Comum.

* * *

Neste domingo, a Igreja nos proclama uma das passagens evangélicas que Charles Péguy qualificava de “descaradas”, porque parece que Deus perde a vergonha ao nos mostrar seu coração. De mestre a mestre, um letrado vai até Jesus, não para aprender d’Ele, mas “para pôr Jesus em dificuldade”. Um falso interesse veio desvelar sua mais crassa ignorância: “Quem é o meu próximo?”. Então Jesus contará a comovente parábola do bom samaritano.

Há um homem ferido, meio morto depois de ser espancado por assaltantes. Sobre esse cruel cenário vão passando diferentes personagens, manifestando a qualidade do seu amor, a caridade do seu coração. Neste exemplo de Jesus, ficou bem claro até que ponto a “lei pode matar”, como há cumprimentos que são apenas torpes evasões: cumpro e minto.

O último personagem diante do cenário comum será um samaritano, alguém que não entende de leis nem de distinções. Ele vê um pobre maltratado e... não sabe mais. Alguém que certamente jamais havia pensado em que fazer para herdar a vida eterna, mas que seria o único dos atores que tinha entendido a Lei.

Observemos os verbos empregados: chegou perto dele, viu, sentiu compaixão, aproximou-se, fez curativos, colocou o homem em seu próprio animal, levou-o a uma pensão, cuidou dele, pagou os gastos... Estes verbos não lembram as atitudes do pai da parábola do filho pródigo? Estando ainda longe, seu pai o vê, sente compaixão, corre até ele, abraça-o, beija-o efusivamente e faz uma festa em sua homenagem.

Aquele samaritano foi para seu irmão próximo o que esse pai para seu filho pródigo. Nós, conhecedores da revelação da misericórdia que nos foi manifestada em Jesus Cristo, podemos correr o risco de não entender nada do cristianismo se, ao perguntar-nos legitimamente sobre o que fazer para entrar no céu, nós o fizermos evadindo-nos da terra, da dor de Deus que Ele quer sofrer em tantos dos seus filhos pobres, doentes, marginalizados, torturados, expatriados, assassinados, silenciados...

Ser cristão é ter o coração de Deus, isto é, viver com misericórdia. Ser próximo, para o cristão, é praticar a misericórdia com cada pessoa que está perto, seja quem for. E o que Jesus acrescentou naquele então, hoje repete a nós: vai e faze a mesma coisa.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O PAPA FALA SOBRE SANTA MARIA GORETTI

Papa recorda “exemplo heroico” de Santa Maria Goretti
Aos jovens, doentes e recém-casados

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 7 de julho de 2010 (ZENIT.org) - Hoje, no final da audiência geral, o Papa Bento XVI quis propor o exemplo de Santa Maria Goretti - cuja memória litúrgica foi celebrada ontem - em sua tradicional saudação aos doentes, jovens e recém-casados.

Esta santa italiana, afirmou o Papa aos presentes, "ainda muito jovem, soube demonstrar força e valor contra o mal".

"Eu a invoco por vós, queridos jovens, para que vos ajude a escolher sempre o bem, mesmo quando custar; por vós, queridos doentes, para que vos sustente na tarefa de suportar os sofrimentos de cada dia; e por vós, queridos recém-casados, para que vosso amor seja sempre fiel e esteja repleto de respeito mútuo."

Nascida em Corinaldo (na região italiana das Marcas) no dia 16 de outubro de 1890, de uma família de camponeses pobres, mas honrados e religiosos, Maria Goretti transcorreu sua infância em Nettuno, onde é considerada padroeira da juventude; ajudava sua mãe nas tarefas domésticas e era assídua na oração.

Em 6 de julho de 1902, um jovem de 20 anos, chamado Alessandro Serenelli, tentou abusar dela. Frente à forte resistência da menina, Alessandro a esfaqueou 14 vezes.

Segundo testemunho do próprio agressor, Maria preferiu ser barbaramente assassinada a perder sua pureza, cultivada como uma flor intacta e defendida com grande valor.

O agressor foi preso em Noto, onde permaneceu por 15 anos. Lá, ele se converteu.

Na cela 45, onde atualmente se encontra uma capela, Maria Goretti apareceu em sonhos a Alessandro: estava vestida de branco e recolhia lírios brancos que, colocados nas mãos do seu assassino, transformavam-se em luzes semelhantes a velas.

Alessandro Serenelli cumpriu sua pena e, ao sair da prisão, retirou-se a um convento dos frades menores para terminar lá sua vida.

Maria Goretti foi proclamada beata como mártir da fé no dia 27 de abril de 1947, por Pio XII, o mesmo Papa que, em 24 de junho de 1950 a proclamou santa, na Praça de São Pedro, em presença, entre milhares de fiéis, da idosa mãe, Assunta, e do assassino da santa.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Encontro Inspetorial no final de julho

06/07/2010


Caríssimos Diretores, Párocos, encarregados,



para conhecimento dos coordenadores de pastoral, animadores vocacionais, coordenadores de oratório, encarregados da Comunicação Social, Animadores da AJS, Coordenadores de Crisma, animadores de grupos da Família Salesiana de todas as obras e comunidades

Entre os dias 30 de julho e 01 de agosto, realizaremos nosso segundo Encontro Inspetorial Conjunto. Marcado inicialmente para os dias 19-20 de juhno, por motivos vários, foi transferido para estes dias. Terá inicio com o almoço do dia 30/07 – conclusão – almoço 01/08). JABOATÃO COLÔNIA. Taxa: R$ 120,00. Participarão conosco também alguns coordenadores de grupos da Família Salesiana.

Este encontro terá como objetivos:
- avaliar o primeiro semestre e encaminhar o segundo (dando destaque ao XV – Festival);
-Aprofundar os conhecimentos sobre a Pastoral juvenil Salesiana – Pasoral Organica;
- avaliar os impactos do “Manual de Relações e Funções do Coordenador(a) de Pastoral, Animadores das Comissões, apresentado no encontro anterior;
- dar continuidade a construção de um projeto orgânico em favor dos adolescentes e jovens;
-estreitar e fortalecer os laços com os grupos da Família salesiana.

Agradecemos o empenho de todos neste primeiro semestre. Os vários projetos pastorais promovidos e animados pelas equipes locais e inspetoriais, fortalecem a juventude e a missão.Carta Convite para o ENCONTRO INSPETORIAL DE ANIMAÇÃO PASTORAL, como também, a AGENDA PASTORAL do mês de Julho.

Para acessar a carta convite, com maiores informações, clique aqui

(ou vá a seção "Subsídios deste site" e clique em "Pastoral Inspetorial")



Pe. Gilberto Antônio da Silva

Delegado Inspetorial da Pastoral Juvenil

terça-feira, 6 de julho de 2010

PRISÕES DE S. PEDRO E S. PAULO

Restaurada e reaberta à visitação a prisão onde estiveram São Pedro e São Paulo
Aguardaram pelo martírio no Cárcere Mamertino

Por Elizabeth Lev

ROMA, segunda-feira, 5 de julho de 2010 (ZENIT.org) - Após um ano de escavações, o Cárcere Mamertino, prisão onde foram mantidos São Pedro e São Paulo enquanto aguardavam pelo martírio, foi restaurado e novamente aberto à visitação.

A prisão se encontra ao lado do antigo Fórum Romano, numa área escavada na rocha do Capitólio que abrigava o Senado. Acredita-se que o Cárcere Mamertino ou Tuliano, como é também conhecido, tenha sido construído pelo rei romano Sérvio Túlio no século VI a.C.; consiste em duas celas, posicionadas uma sobre a outra. A cela inferior, um espaço pequeno e úmido, era acessível apenas através de um buraco no pavimento da cela superior, e foi usada durante os períodos da República e do Império como prisão e também como local para execuções.

O chefe gaulês Vercingetorix foi estrangulado nesta cela, após o triunfo de Júlio César; Jugurta, rei dos Numídios, foi lá abandonado para que morresse de fome.

Escrevendo no século I a.C., a autor romano Sallustio descreveu a prisão como "profunda 12 pés, fechada por paredes e pedras. Seu aspecto é horrivelmente repugnante, pelo abandono, escuridão e mau cheiro".

Um século após Sallustio fazer sua descrição do Cárcere Mamertino, São Pedro e São Paulo vieram a ocupar a cela inferior, nos últimos dias antes de seu martírio, executado por ordem do imperador Nero.

A presença dos dois apóstolos transformou aquele lugar de desespero num espaço de esperança, oração e catequese para seus carcereiros, Processo e Martiniano. Quando os dois soldados romanos pediram para ser batizados, não havia água no local; então São Pedro golpeou a rocha do pavimento com seu bastão, que imediatamente verteu água, segundo a tradição.

Os carcereiros ajudaram Pedro a escapar da prisão, mas este, após encontrar Cristo na Via Apia, retornou à prisão e aceitou a morte voluntariamente; foi crucificado no circo de Nero, na colina do Vaticano.

Na semana passada, a Superintendência Romana de Arqueologia anunciou que as escavações haviam revelado vestígios de afrescos que documentavam a transformação do local em uma igreja, juntamente com outras estruturas do Fórum. As escavações puderam evidenciar as diversas fases das obras, que possibilitaram "uma transformação realmente rápida" da antiga caverna em um centro de devoção petrina.

Hoje a prisão original encontra-se sob a igreja de São José Artigiano, construída no século XVII; o local, porém, pertence ao Vicariato de Roma e deve ser reaberta à visitação ainda no mês de julho.

Os peregrinos poderão prestar sua homenagem a São Pedro e São Paulo, que, em um Fórum repleto de imagens dedicadas a homens transformados em deuses, tiveram coragem para anunciar o Evangelho do Deus que se fez homem

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ENTREVISTA COM O FUTE

PERGUNTAS FEITAS PARA O DIABO


QUEM O CRIOU?
Lúcifer : Fui criado pelo próprio Deus, bem antes da existência do homem. [Ezequiel 28:15]

COMO VOCÊ ERA QUANDO FOI CRIADO?
Lúcifer : Vim à existência já na forma adulta e, como Adão, não tive infância. Eu era um símbolo de perfeição, cheio de sabedoria e formosura e minhas vestes foram preparadas com pedras preciosas. [Ezequiel 28:12,13]

ONDE VOCÊ MORAVA?
Lúcifer : No Jardim do Éden e caminhava no brilho das pedras preciosas do monte Santo de Deus. [Ezequiel 28:13]

QUAL ERA SUA FUNÇÃO NO REINO DE DEUS?
Lúcifer : Como querubim da guarda, ungido e estabelecido por Deus, minha função era guardar a Glória de Deus e conduzir os louvores dos anjos. Um terço deles estava sob o meu comando. [Ezequiel 28:14; Apocalipse 12:4]
ALGUMA COISA FALTAVA A VOCÊ?
Lúcifer : (reflexivo, diminuiu o tom de voz) Não, nada. [Ezequiel 28:13]

O QUE ACONTECEU QUE O AFASTOU DA FUNÇÃO DE MAIOR HONRA QUE UM SER VIVO PODERIA TER?
Lúcifer : Isso não aconteceu de repente. Um dia eu me vi nas pedras (como espelho) e percebi que sobrepujava os outros anjos (talvez não a Miguel ou Gabriel) em beleza, força e inteligência. Comecei então a pensar como seria ser adorado como deus e passei a desejar isto no meu coração. Do desejo passei para o planejamento, estudando como firmar o meu trono acima das estrelas de Deus e ser semelhante a Ele. Num determinado dia tentei realizar meu desejo, mas acabei expulso do Santo Monte de Deus. [Isaías 14:13,14; Ezequiel 28: 15-17]

O QUE DETONOU FINALMENTE A SUA REBELIÃO?
Lúcifer : Quando percebi que Deus estava para criar alguém semelhante a Ele e, por conseqüência, superior a mim, não consegui aceitar o fato. Manifestei então os verdadeiros propósitos do meu coração. [Isaías 14:12-14]

O QUE ACONTECEU COM OS ANJOS QUE ESTAVAM SOB O SEU COMANDO?
Lúcifer : Eles me seguiram e também foram expulsos. Formamos juntos o império das trevas. [Apocalipse 12:3,4]

COMO VOCÊ ENCARA O HOMEM?
Lúcifer : (com raiva) Tenho ódio da raça humana e faço tudo para destruí-la, pois eu a invejo. Eu é que deveria ser semelhante a Deus. [1Pedro 5:8]

QUAIS SÃO SUAS ESTRATÉGIAS PARA DESTRUIR O HOMEM?
Lúcifer : Meu objetivo maior é afastá-los de Deus. Eu estimulo a praticar o mal e confundo suas idéias com um mar de filosofias, pensamentos e religiões cheias de mentiras, misturadas com algumas verdades. Envio meus mensageiros travestidos, para confundir aqueles que querem buscar a Deus. Torno a mentira parecida com a verdade, induzindo o homem ao engano e a ficar longe de Deus, achando que está perto. E tem mais. Faço com que a mensagem de Jesus pareça uma tolice anacrônica, tento estimular o orgulho, a soberba, o egoísmo, a inimizade e o ódio dos homens. Trabalho arduamente com o meu séquito para enfraquecer as igrejas, lançando divisões, desânimo, críticas aos líderes, adultério, mágoas, friezas espirituais, avareza e falta de compromisso (ri às escaras). Tento destruir a vida dos pastores, principalmente com o sexo, ingratidão, falta de tempo para Deus e orgulho. [1Pedro 5:8; Tiago 4:7; Gálatas 5:19-21; 1 coríntios 3:3; 2 Pedro 2:1; 2 Timóteo 3:1-8; Apocalipse 12:9]

E SOBRE O FUTURO?
Lúcifer : (com o semblante de ódio) Eu sei que não posso vencer a Deus e me resta pouco tempo para ir ao lago de fogo, minha prisão eterna. Eu e meus anjos trabalharemos com afinco para levarmos o maior número possível de pessoas conosco. [Ezequiel 28:19; Judas 6; Apocalipse 20:10,15]

MEDITE NESSA MENSAGEM. VEJAM QUE FOI ELABORADA COM BASE NOS VERSÍCULOS BÍBLICOS, POR ISSO É UMA ILUSTRAÇÃO DA MAIS PURA VERDADE.

"COMO DIZ O ESPÍRITO SANTO: HOJE, SE OUVIRDES A SUA VOZ, NÃO ENDUREÇAIS OS VOSSOS CORAÇÕES." HEBREUS 3:7,8

"Ninguém tem maior amor do que este: de dar a Sua vida em favor dos Seus amigos." João 15:13
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O TRÁFICO DE SERES HUMANOS EM NOSSOS DIAS

Formas modernas de escravidão

A praga do tráfico de seres humanos
Por Pe. John Flynn, L. C.
ROMA, domingo, 4 de junho de 2010 (ZENIT.org) - Milhões de fãs por todo mundo, colados às telas da televisão, enquanto seguem o Mundial, talvez não percebam uma grande preocupação: o fato de que a Copa do Mundo pode favorecer um aumento no tráfico de seres humanos.
O cardeal Wilfrid Fox Napier, arcebispo de Durban, África do Sul, mencionou isto a ZENIT em uma entrevista publicada a 5 de maio. Dizia que havia sinais de que as máfias do crime organizado estavam fazendo que pessoas entrassem ilegalmente no país para proporcionar serviço sexuais durante o Mundial.
Em coincidência com isto, pouco depois do começo do Mundial de Futebol, o Departamento de Estado norte-americano publicou sua Pesquisa sobre Tráfico de Pessoas 2010. É o décimo ano destas pesquisas, que seguem os fatos ligados ao comércio de seres humanos. Uma declaração que acompanha a pesquisa admite que a luta contra o tráfico humano está em suas primeiras etapas. Muitos países ainda estão aprendendo e explorando as formas de enfrentá-lo com eficácia, observa.
Ainda que a maior parte da atenção dos meios de comunicação se centre no tráfico para fins sexuais, o Departamento de Estado aponta que são traficadas pessoas com maior frequência para trabalho forçado do que para comércio sexual. Ainda assim, os traficantes utilizam a violência sexual como forma de obrigar as mulheres a trabalhar no campo ou nas fábricas.
Alguns dos principais resultados da pesquisa de 2010 são os seguintes:
– 12,3 milhões de adultos e crianças sofrem trabalho forçado ou escravo; já a prostituição forçada no mundo fica com 56% desse valor entre mulheres e meninas.
– O valor deste comércio para os traficantes é estimado em 32 bilhões de dólares ao ano.
– O predomínio de vítimas de tráfico no mundo é calculado em cerca de 1,8 por cada 1.000 habitantes. O número varia por região, alcançando 3 para cada 1.000 na Ásia e no Pacífico.
– Houve 4.166 condenações por tráfico em 2009, um aumento de 40% em relação a 2008.
– Contudo, são 62 países que não condenaram nenhum traficante sob leis adaptadas ao Protocolo de Palermo (um documento adotado por Nações Unidas sobre o tráfico de pessoas).
– Não menos de 104 países não têm leis políticas ou disposições que prevejam a deportação das vítimas.
Protocolo
A pesquisa explica que o Protocolo de Palermo foi o primeiro instrumento internacional sobre o tema do tráfico de seres humanos. Pediu uma atitude que se baseie no paradigma dos “3P’s”: prevenção, perseguição e proteção das vítimas. Não é suficiente perseguir os traficantes, explica a pesquisa, é preciso ouvir os afetados e adotar medidas para garantir que ninguém mais seja uma nova vítima.
A pesquisa comenta que o tráfico pode adotar muitas formas. Em ocasiões pode implicar no engano e no sequestro de vítimas à força, mas geralmente envolve pessoas que são forçadas e exploradas e que, inicialmente, entraram em uma forma concreta de serviço de modo voluntário ou migrando por vontade própria.
O Departamento de Estado cita estudos recentes que mostram que a maioria do tráfico no mundo adota a forma de trabalho forçado. Segundo estimativas da Organização Mundial do Trabalho, por cada vítima de tráfico submetida a prostituição à força, nove pessoas são forçadas a trabalhar. As circunstâncias de altos índices de desemprego, pobreza, discriminação e corrupção são fatores que facilitam estas práticas.
Um tipo de trabalho é o que ocorre por uma relação ou dívida. Isso ocorre quando os traficantes ou recrutadores exploram uma dívida inicial, que o trabalhador assume como parte das condições de trabalho. Isso também pode ser inter-geracional. Segundo a pesquisa, no sul da Ásia estima-se que há milhões de vítimas de tráfico que trabalham para pagar as dívidas de seus antepassados.
A servidão doméstica involuntária, o trabalho infantil forçado, as crianças-soldado e os jovens-soldados, o tráfico sexual de crianças são algumas das principais formas de tráfico de pessoas.
A ampla gama de formas de tráfico resulta que este não é somente um assunto de direitos humanos, mas que também está relacionado com temas fundamentais de liberdade civil, observa o Departamento de Estado.
Não é uma prioridade
Apesar da seriedade deste problema, a pesquisa lamenta o baixo número de processos. A pesquisa afirma que, ainda que o tráfico de pessoas é um crime relacionado com o assassinato, violação e sequestro, o número de processos é cada ano mais baixo, comparado com o alcance do problema. Com somente pouco mais de 4 mil processos por ano passado, este é um sinal de que as injustiças cometidas não são vistas como uma prioridade pelas autoridades.
Com grande frequência, as vítimas do tráfico são vistas como desperdício da sociedade, sem suficiente importância para ser um tema de preocupação. Ainda quando são tomadas medidas, são limitadas a punir os delinquentes, sem oferecer assistência às vítimas, além de garantir que seu testemunho ajude no processo de condenação. De fato, comenta o relatório, se as vítimas estão no país de forma ilegal, muitas vezes são detidas e deportadas à força para seu país de origem.
O relatório observa que tal resposta pode ser por próprio interesse dos governos, que se livram de potenciais cargas, mas fazem pouco para ajudar às vítimas. Por exemplo, impedem os esforços para ajudá-los a superar os traumas sofridos durante seu período de trabalho forçado.
Logo, enviando de volta as vítimas a seu país de origem, frequentemente sem informá-las de que existem outras opções, não só as expõem ao possível trauma associado ao não ser identificada como vítima de tráfico, mas simplesmente as levam às mesmas circunstâncias e pressões que contribuíram com sua experiência de tráfico inicial.
Dadas as dificuldades em lidar com o tráfico, a pesquisa recomenda uma maior cooperação entre as autoridades. Isso inclui cooperação tanto entre governos como com organizações não-governamentais.
Devem ser criados grupos de trabalho especializados e é necessário estabelecer protocolos com as associações comerciais para certificar que as redes de abastecimento do comércio estejam livres da utilização de trabalho escravo.
O relatório também defende a utilização dos meios de comunicação para denunciar a exploração. Em outra medida, se consumidores e investidores exigirem maior transparência e responsabilidade das empresas, será mais difícil que os modernos comerciantes de escravos ganhem dinheiro.
Contexto amplo
Um dos pontos mais interessantes abordado na pesquisa é a necessidade de ver o problema do tráfico de pessoas num contexto mais amplo. O Departamento de Estado observa, por exemplo, que o problema da corrupção dos funcionários públicos é o principal obstáculo ao enfrentar este tema.
Os índices para classificar os países por suas liberdades civis e por corrupção mostram que os governos que pontuam mal no tráfico também sofrem de corrupção e de falta de liberdades civis.
O arcebispo Agostino Marchetto, secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, dirigiu-se aos participantes no Fórum de Viena para a Luta contra o Tráfico de Seres Humanos, reunido de 13 a 15 de fevereiro de 2008, para analisar este problema.
Ele enfatizou que “o tráfico de seres humanos é uma ofensa terrível contra a dignidade humana”.
As soluções fáceis não existem, admite Dom Marchetto. O que é necessário, contudo, são soluções que não só punam os envolvidos na organização deste tráfico, mas que também atuem para o melhor interesse das vítimas.
Ele convidou todos para se esforçarem para lutar contra tais atividades criminosas e proteger as vítimas do tráfico humano. Mas também apontou que é necessário tratar o lado da demanda dessa exploração.
Ainda que a atenção esteja voltada normalmente para os criminosos e as vítimas, o ponto destacado por Dom Marchetto é digno de reflexão. Se queremos que os produtos e serviços que adquirimos venham de fontes corretas eticamente, como consumidores, temos um papel a desempenhar para garantir isso.
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Carta de um missionário salesiano ao New York Times

"uma arvore que cai,
faz mais barulho que uma floresta que cresce".


Segue carta do padre salesiano uruguaio Martín Lasarte, que trabalha em Angola, de 06 de abril e endereçada ao jornal norte-americano The New York Times. Nela expressa seus sentimentos diante da onda midiática despertada pelos abusos sexuais de alguns sacerdotes enquanto surpreende o desinteresse que o trabalho de milhares religiosos suscita nos meios de comunicação.

Eis a carta.

Querido irmão e irmã jornalista: sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...

Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.

É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo!

Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...

Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.

Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.

Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.
Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos... ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.

Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.

Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.

Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...
Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.

Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.

Em Cristo,

Pe. Martín Lasarte, SDB.

quinta-feira, 1 de julho de 2010