sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PEDRO E AS ONDAS DO MAR DA GALILÉIA (Mt 14, 22-33)

PEDRO DUVIDA, MAS A FÉ O SALVA

Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, os discípulos se dirigem ao outro lado do Mar da Galiléia, enquanto Jesus se ausenta e vai orar sozinho no alto do monte. Nos Evangelhos encontramos com frequencia o Senhor rezando, especialmente em Lucas. Certamente os discípulos e as primeiras comunidades cristãs se impressionavam. Quem sabe o que pensavam com aquele relacionamento entre o Filho e o Pai!
É noite velha, os discípulos estão sem Jesus a a barca balouçando medonhamente sobre ondas raivosas. Duas solidões bem diferentes: Cristo na solidão da montanha envolto nos arbustos e pedras do deserto, os discípulos envoltos e medrosos no meio da borrasca do mar galileu. É a segunda vez que se encontram em tal situação (Cfr Mt 8, 23-27) Estes se borrando de medo, Jesus conversando com o Pai, pedindo forças par levar a bom termo a Missão. Em Mt 8, o Mestre estava presente, mas dormia. Aqui está ausente e a noite longa, tenebrosa e incerta vai passando na luta contra o agito da ondas e o vento contrário.
Madrugadinha. Jesus aparece caminhando sobre as àguas. Não é reconhecido e o medo aumenta, pois julgam-no um fantasma. O temor teria talvez, desaparecido se ao menos tivessem lembrado do Salmista que escrevera no S. 76,20: tua estrada se abriu no mar, teus caminhos na meio das àguas. E Jesus logo se faz ouvir: coragem, sou Eu, não temais. Aquela voz amiga tantas vezes escutada foi um alívio àqueles homens corjosos e ao mesmo tempo medrosos. Mas, a dúvida continua e Pedro, sempre o mesmo Pedro, pede uma prova mais objetiva: ele deve caminhar sobre as àguas e acreditara.
Nenhum problema, diz certamente Jesus. E Pedro pula dentro das ondas, mas logo começa a duvidar, o medo aumenta e aos gritos começa a afundar.  Continua...

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