terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Vós sois o sal da terra... Bento XVI aos peregrinos em Roma.

CIDADE DO VATICANO, domingo, 6 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos a seguir as palavras que Bento XVI pronunciou hoje ao introduzir o Angelus com os peregrinos reunidos na praça de São Pedro.
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Queridos irmãos e irmãs!
No Evangelho deste domingo, o Senhor Jesus diz a seus discípulos: “Vós sois o sal da terra... vós sois a luz do mundo” (Mt 5,13-14). Mediante estas imagens cheias de significado, Ele quer transmitir-lhes o sentido de sua missão e de seu testemunho. O sal, na cultura do Oriente Médio, evoca diversos valores como a aliança, a solidariedade, a vida e a sabedoria. A luz é a primeira obra de Deus Criador e é fonte da vida; a própria Palavra de Deus é comparada com a luz, como proclama o salmista: “Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho” (Sal 119, 105). E de novo na Liturgia de hoje, o profeta Isaías: “se entregares ao faminto o que mais gostarias de comer, matando a fome de um humilhado, então a tua luz brilhará nas trevas, o teu escuro será igual ao meio-dia” (58,10). A sabedoria resume em si os efeitos benéficos do sal e da luz: de fato, os discípulos do Senhor são chamados a dar novo “sabor” ao mundo, e a preservá-lo da corrupção, com a sabedoria de Deus, que resplandece plenamente sobre o rosto do Filho, porque Ele é a “luz verdadeira que ilumina cada homem” (Jo 1, 9). Unidos a Ele, os cristãos podem difundir em meio às trevas da indiferença e do egoísmo a luz do amor de Deus, verdadeira sabedoria que dá significado à existência e à atuação dos homens.
No próximo dia 11 de fevereiro, memória da Beata Virgem de Lourdes, celebramos o Dia Mundial do Doente. Esta ocasião é propícia para refletir, para rezar e para fazer crescer a sensibilidade das comunidades eclesiais e da sociedade civil para com os irmãos e irmãs enfermos. Na Mensagem para este Dia, inspirado em uma frase da Primeira Carta de Pedro: “Por suas feridas fostes curados” (2, 24), convido todos a contemplar Jesus, o Filho de Deus, que sofreu, morreu, mas ressuscitou. Deus se opõe radicalmente à prepotência do mal. O Senhor cuida do homem em cada situação, partilha o sofrimento e abre o coração à esperança. Exorto, portanto, todos os agentes de saúde, a reconhecer no doente não só um corpo marcado pela fragilidade, mas antes de tudo uma pessoa, a quem dedicar toda solidariedade e oferecer respostas adequadas e competentes.
Neste contexto recordo, além disso, que hoje se celebra na Itália o “Dia pela Vida”. Desejo que todos se comprometam em fazer crescer a cultura da vida, para colocar no centro, em qualquer circunstância, o valor do ser humano. Segundo a fé e a razão, a dignidade da pessoa é irredutível a suas faculdades ou às capacidades que possa manifestar e, portanto, não diminui quando a própria pessoa é frágil, inválida e necessitada de ajuda.
Queridos irmãos e irmãs, invoquemos a intercessão maternal da Virgem Maria para os pais, avós, professores, sacerdotes e para todos que trabalham na educação, para que possam formar as jovens gerações na sabedoria do coração, para que cheguem à plenitude da vida.

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